O aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em agosto é o segundo consecutivo depois de julho (0,12%), quando a medição acumulada em 12 meses registrou a primeira alta em um ano, ficando em 3,99%.
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Os preços da maior economia sul-americana foram impactados em agosto pelos aumentos nos setores de habitação (1,11%, principalmente devido ao aumento nas contas de luz), saúde e cuidados pessoais (0,58%) e transportes (0,58%), afetados principalmente pelos aumentos na gasolina. Já a categoria alimentação e bebidas caiu 0,85%.
“Temos observado quedas ao longo dos últimos meses em alguns itens importantes no consumo das famílias como, por exemplo, a carne bovina e o frango”, afirmou André Almeida, gerente do IPCA no IBGE, que atribui esta redução a uma maior oferta.
Devido a uma melhora na inflação após o impacto da pandemia e a guerra na Ucrânia, o Banco Central do Brasil iniciou em agosto um ciclo de “flexibilização” da elevada taxa básica de juros (Selic), com um corte de 0,50 ponto percentual para 13,25%, a primeira queda em três anos.
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A consultora Capital Economics considera que o Banco Central manterá a flexibilização apesar da aceleração da inflação, embora estime que o ciclo será mais gradual.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva insiste em uma redução das taxas de juros para baratear o crédito, incentivar o consumo e os investimentos.
O mercado projeta que o país termine 2023 com uma inflação de 4,93%, segundo a última pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central.
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