O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial do país para medir a inflação ficou em 0,61% em abril. Apesar de ter ficado 0,10 ponto percentual abaixo do registrado em março (0,71%), nos últimos 12 meses o aumento dos preços ficou em 4,18%. Em abril do ano passado, a variação havia sido de 1,06%. De acordo com o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta, mas Saúde e cuidados pessoais foram os que tiveram maior impacto.
Sim, estamos falando desse “monstrengo” chamado inflação, que nada mais é que a subida dos preços. Sabe quando você vai à farmácia – após um mês ou mais – e aquele pacote de algodão, ou aquele remedinho de uso contínuo estão mais caros? Então, isso é a inflação tocando a tua vida real!
Segundo o o analista da pesquisa do IBGE, André Almeida, os produtos de farmácia foram os principais vilões desta vez:
“.. justificada pela autorização do reajuste de até 5,60% no preços nos medicamentos, a partir de 31 de março”, explicou.
Outros setores que contribuíram para a inflação aumentar em abril foram itens de higiene pessoal ( com desaceleração de 0,76% em março para 0,56%) em abril, influenciados, principalmente, pelos perfumes (-1,09%) e os preços nos planos de saúde, que tiveram alta de 1,20%.
“Houve incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023”, complementa o pesquisador.
Outro grupo que contribuiu para o resultado da inflação em abril (com 0,15 p.p.) foi o de Alimentação e bebidas, que aceleração de 0,05% em março para 0,71%.
A comida em casa, teve alta de 0,73% em abril. Os ítens que impactaram os preços foram:
Já a alimentação fora de casa variou 0,66% para cima em relação a março.
O lanche desacelerou de 1,09% para 0,93%. Mas refeição (pratão de comida) fez o caminho contrário, e subiu de 0,41% para 0,51%.
Nem tudo foi ruim, e alguns alimentos caíram de preço, com destaque para a cebola (-7,01%) e o óleo de soja (-4,44%).
A inflação no grupo de Transportes desacelerou e teve alta de 0,56%, contribuindo com 0,12 p.p. para o IPCA de abril.
“Contribuíram para esse resultado a queda de 0,44% dos combustíveis, que haviam registrado alta de 7,01% em março”, justifica Almeida. Apenas o etanol (0,92%) subiu no mês enquanto óleo diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) tiveram queda nos preços.
As passagens aéreas subiram 11,97% em abril, e tabé auaram como vilãs de impacto na inflação geral (0,07 p.p.).
As tarifas de metrô subiram 1,24%, pressionadas pelo reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (3,54%) a partir do dia 12 de abril.
Já a alta de 1,11% em ônibus urbano foi influenciada pelos aumentos de 15,75% em Fortaleza (9,16%) a partir de 19 de março, e de 33,33% em Belo Horizonte (6,67%), a partir de 23 de abril.
Finalizando o grupo, os preços dos ônibus intermunicipais caíram 0,25%, embora tenham registrado reajuste médio de 5,77% em Campo Grande (5,58%), a partir de 1º de abril
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