Isso consolida as expectativas de que o Federal Reserve, o Banco Central estadunidense, aumente os juros em 0,75 ponto percentual no fim deste mês.
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Essa porta para uma política monetária ainda mais rígida nos Estados Unidos contribuiu para que o euro ficasse brevemente abaixo do piso simbólico de um dólar hoje, o que não acontecia desde dezembro de 2002.
O índice de preços ao consumidor nos EUA subiu 1,3% em junho, após avançar 1% em maio, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho. É mais do que o esperado no mercado. Analistas consultados pela Bloomberg projetavam uma inflação anual para junho de 8,8% e de 1,1% no mês.
O aumento dos preços atinge todos os setores. Porém, é mais sentido em produtos alimentícios, na gasolina e em aluguéis.
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Os alimentos, por exemplo, tiveram a sua maior alta desde fevereiro de 1981, com taxa de 10,4% em um ano.
Segundo a Agência de Energia dos Estados Unidos (EIA), o preço médio da gasolina no mês passado ultrapassou U$ 5 por galão (cerca de 3,8 litros), um valor sem precedentes.
O recorde na taxa da inflação aumenta a pressão sobre o presidente Joe Biden, que já enfrenta uma queda na popularidade a pouco meses antes das eleições para o Congresso.
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Em nota, Biden declarou que os dados divulgados estão desatualizados, apesar de serem inaceitáveis. “Os números de hoje não refletem o impacto total de quase 30 dias de quedas nos preços da gasolina”, destacou.
Texto com informações da AFP © Agence France-Presse
Foto de destaque: Reprodução/Pixabay