Inflação sobe nos EUA e bolsa de NY fecha na pior queda desde 2020

As bolsas de Nova York tiveram o pior dia em dois anos como resultado da subida da inflação nos Estados Unidos. O índice que mostra o comportamento do consumidor e a subida dos preços pegou analistas de surpresa. O mercado esperava deflação em agosto.

O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação norte-americana, subiu 0,1 % em agosto depois de permanecer inalterado em julho, como divulgou hoje o Departamento do Trabalho (Bureau of Labor) dos EUA.

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Na comparação anual (o acumulado dos meses até agosto), o CPI ficou em 8,3%. Os índices vieram acima do que previam economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que estimavam queda de 0,1% nos preços.

Com isso, aumentaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve ter uma postura ainda mais dura em relação a política monetária, subindo os juros da economia.

Com a surpresa, houve uma liquidação no mercado de ações – como se chama quando os investidores vendem ações para evitar perder dinheiro em momentos de incerteza.

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O índice Dow Jones fechou em queda de 3,94%, a 31.104,97 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 4,32%, a 3.932,69 pontos, e o Nasdaq caiu 5,16%, a 11.633,57 pontos.

Porque a alta do índice de inflação mexeu tanto com o mercado acionário?

“A inflação se mostra muito mais preocupante” do que o previsto “e isso aumenta o risco de ver o Fed empurrar a economia para uma recessão”, ressaltou Edward Moya, analista da Oanda, ouvido pela AFP. O analista fala sobre os fortes aumentos das taxas de juros, decididos pelo organismo para combater a alta dos preços.

Os bancos centrais costumam subir taxas de juros para conter a inflação, o que faz os empréstimos ficarem mais caros, tanto para pessoas físicas quanto para empresas, gerando desaceleração da economia.

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Com AFP


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