Créditos da imagem: AFP

Inflação na zona do euro segue em alta e tem novo recorde, puxada por alimentos e energia

A taxa de inflação na zona euro bateu um novo recorde em agosto com 9,1%. A tendência de alta no índice, que teve início em novembro de 2021, se intensifica devido à Guerra na Ucrânia. O aumento geral nos preços atinge, principalmente, o setor energético e alimentício dos 19 países que adotam o euro como moeda oficial.

No último mês de julho, a inflação foi de 8,9% nos estados da zona do euro, conforme anunciou nesta quarta-feira (31) o Gabinete Europeu de Estatísticas Eurostat. Foi a porcentagem mais alta já registrada desde o início da medição da inflação pelo órgão, iniciada em janeiro de 1997. (ValorInveste)

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Histórico de altas

A alta na inflação ocorre desde novembro de 2021 e já exerce forte pressão sobre a autoridade monetária da zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE).  Há uma reunião do BCE marcada para o dia 8 de setembro, na qual espera-se o aumento da taxa de juros central, depois do passo tímido nessa direção, em julho (passou de 0,0 para 0,5%). 

Medidas para conter a crise

Em mensagem à imprensa, o presidente do Bundesbank (Banco Central Alemão), Joachim Nagel, expressou a urgência de o BCE “agir de forma decisiva”, acrescentando que, caso contrário, as expectativas de inflação poderiam “se estabelecer permanentemente acima da nossa meta de 2%” . 

“Precisamos de um forte aumento das taxas de juros em setembro. E mais passos nas taxas de juros são esperados nos próximos meses”, acrescentou o funcionário.

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Fonte: Eurostat

Energia

Dos componentes da inflação, a energia registrou um aumento de 38,3%. Embora tenha sido o principal fator no resultado de agosto, representa um pequeno retrocesso em relação ao mês de julho, quando apresentou 39,5%.

Toda a União Europeia (UE) enfrenta uma grave crise do setor energético devido ao explosivo aumento do preço da eletricidade ao consumidor.

O cenário se explica pela drástica redução das entregas de gás da Rússia aos países europeus, em resposta às sanções adotadas pela UE devido às operações militares russas na Ucrânia.

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Alimentos

Já o setor de alimentos (que é medido junto com o de tabaco e álcool) experimentou em agosto um aumento de 10,6%, sobre 9,8% do mês anterior.

O conflito entre ucranianos e russos impacta a segurança alimentar dos países da zona do euro, já que a capacidade ucraniana de exportar os seus grãos e cereais foi drasticamente limitada.

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(Com AFP)

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