O Instituto Brasil-Israel (IBI) divulgou uma nota repudiando o gesto nazista feito por uma professora de Ponta Grossa, no Paraná, e também alertando para o perigoso crescimento desse tipo de ocorrência no Brasil. As imagens viralizarem nas redes sociais, nesta segunda (10). O vídeo mostra a professora com as cores da bandeira nacional brasileira, erguendo o braço no tradicional cumprimento de apoiadores de Adolf Hitler, o líder nazista responsável pelo holocausto. Após repercussão negativa, colégio diz que vai demitir a funcionária.
Na manifestação de repúdio, o Instituto Brasil-Israel afirma que o caso exemplifica os alertas “de que as ocorrências neonazistas têm crescido no Brasil nos últimos anos, seja contra judeus ou contra outros grupos, como negros e pessoas LGBTQIA+”.
“Não podemos normalizar situações como essa, mesmo que sejam exceções. O processo de aceitação, sem qualquer punição, faz com que mais pessoas se sintam à vontade para cometer o crime de apologia ao nazismo”.
Instituto Brasil-Israel
No vídeo, denunciado pela Revista Forum e pelo Mídia Ninja, a professora aparece exibindo as cores verde-amarela , erguendo o braço em uma atitude semelhante aos seguidores de Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista, no tradicional cumprimento ultra nacionalista de direita.
Segundo a reportagem da Revista Forum, a professora também já foi fotografada usando bottons de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Vemos com imensa preocupação o caso da professora que reproduziu a saudação nazista em uma escola em Ponta Grossa, no Paraná. O caso exemplifica os alertas de que as ocorrências neonazistas têm crescido no Brasil nos últimos anos, seja contra judeus ou contra outros grupos, como negros e pessoas LGBTQIA+.
Não podemos normalizar situações como essa, mesmo que sejam exceções. O processo de aceitação, sem qualquer punição, faz com que mais pessoas se sintam à vontade para cometer o crime de apologia ao nazismo.
No caso da escola, a diretoria sequer expôs qual seria a punição da professora, apenas disse não compactuar com a atitude. É preciso tomar medidas mais duras para frear a ascensão do neonazismo, que cresce de maneira veloz e perigosa em nosso país. Espera-se uma rigorosa apuração dos fatos.”
Procurada pela revista Forum, a escola a direção do Colégio Sagrada Família informou, primeiro, que ela estava na escola há mais de dez anos e nunca “deu problema algum deste tipo”.
“Eu soube desse fato ontem e tomei as medidas internamente. Não é a nossa metodologia e nem o nosso jeito de ser. Nós sempre procuramos ficar neutros e é esta a orientação que a escola passa aos alunos, pais e professores. A posição da escola é totalmente contrária ao que aconteceu”, afirmou a Irmã Edites, diretora da escola, à Revista Forum.
“Com certeza foi um ato de imprudência da professora e a escola já tomou as primeiras medidas internas com ela dentro do que diz o nosso regimento”, concluiu.
Após a repercussão negativa e manifestação de entidades, a escola decidiu dar uma resposta mais dura e informou que repudia o ato, classificado como “imprudência, descuido e um grande erro da professora”, nas palavras da diretora-geral, irmã Edites Bet, que afirmou que a escola decidiu demitir a profissional. (Folha de S.Paulo)
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