Interpol realiza operação contra o tráfico humano na América Latina e no Caribe

A Interpol informou nesta quarta-feira (14) que aproximadamente 270 pessoas envolvidas no tráfico de seres humanos e de migrantes foram detidas e presas em uma operação policial contra redes criminosas especializadas na América Latina e no Caribe. A instituição, sediada em Lyon, na França, informou em comunicado que a operação chamada "Turquesa IV" ocorreu por cinco dias (de 28 de novembro a dois de dezembro) em 32 países.

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João Caminoto

Os agentes controlaram os pontos de trânsito, como aeroportos, estações de ônibus e postos da fronteira.

De acordo com um balanço preliminar, 268 suspeitos foram presos por envolvimento no tráfico ilegal de migrantes, tráfico de seres humanos ou em crimes relacionados, como falsificação de documentos e crimes sexuais.

Um total de 9.015 migrantes irregulares foram identificados. Além disso, 128 mulheres e dois homens vítimas de tráfico de pessoas foram resgatados.

A maioria das vítimas do tráfico vieram da Colômbia e Venezuela. No entanto, outros migrantes, vindos de todas as partes do mundo, se dirigiam à América do Norte e foram interceptados na América Central.

Foi o caso do México, em específico, com 2.400 migrantes procedentes da América (Venezuela, Cuba), África (Angola, Burkina Faso, Guiné e Etiópia) e Ásia (Bangladesh e Nepal).

Indústria criminosa

Na Nicarágua, a polícia detectou mais de 2.000 migrantes que queriam viajar para os Estados Unidos ou Canadá, vindos da Ásia, África, Haiti e Equador.

Já em Honduras, uma mulher de 30 anos, suspeita de envolvimento na exploração de três menores, foi detida.

As autoridades de El Salvador prenderam várias mulheres que supostamente exploravam sexualmente seus próprios filhos, entre eles uma menina com deficiência.

Também foram realizadas operações na Guatemala, Bolívia, Peru, Paraguai e Brasil.

“O tráfico de pessoas e o contrabando de migrantes são indústrias criminosas que movimentam bilhões de euros, financiam os grupos de crime organizado mais perigosos do mundo e violam os direitos humanos de suas vítimas”, afirma o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, citado no comunicado.

“As histórias que escutamos sobre a exploração de migrantes no mundo todo, em operações como Turquesa IV, são angustiantes”, acrescenta Stock.

A operação foi financiada pelo ministério de Assuntos Mundiais do Canadá.

(AFP)

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João Caminoto

Jornalista com mais de 30 anos de experiência, ocupei diversos cargos - desde repórter, passando por correspondente internacional até diretor de redação - em diversas casas, como o Estadão, Broadcast, Época, BBC, Veja e Folha. Me sinto privilegiado em ter abraçado essa profissão. Apaixonado pela minha família e pelo Corinthians.

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