Os grupos armados da região — como os talibãs paquistaneses do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) — repudiam a educação para meninas. O grupo TTP é conhecido, em particular, por ter atirado na então adolescente Malala Yousafzai, em 2012, por defender o ensino para garotas. Dois anos depois, ela conquistou o Prêmio Nobel da Paz.
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O duplo ataque aconteceu na noite de domingo (21) nas aldeias de Hassu Khel e Gul Mosaki, ambas no distrito do Waziristão do Norte, a cerca de 30 quilômetros da fronteira com o Afeganistão.
“Milicianos instalaram artefatos explosivos artesanais em duas escolas públicas para meninas, que explodiram tarde da noite”, disse Rehan Gul Khattak, um funcionário da administração local, à AFP.
Seis salas de aula foram destruídas em Hassu Khel, e outras três, em Gul Mosaki, detalhou.
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“Com certeza foram os milicianos, mas ainda não sabemos qual grupo estava envolvido”, explicou.
O responsável pela polícia no distrito, Salim Riaz, confirmou os incidentes e enfatizou que uma “investigação profunda” foi aberta.
O Waziristão do Norte é uma das antigas zonas tribais semiautônomas do noroeste do país. Nessa área, o Exército paquistanês fez várias operações contra insurgentes ligados à Al-Qaeda e aos talibãs, após os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) invadirem o Afeganistão, em 2001.
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A segurança no Paquistão piorou nos últimos meses desde que os talibãs voltaram ao poder em Cabul, sobretudo, nas regiões fronteiriças com o Afeganistão.
A maior parte dos ataques é executada pelo TTP, um grupo diferente do Talibã afegão, mas inspirado na mesma ideologia islâmica.
O Paquistão acusa os talibãs afegãos de deixarem o TTP planejar seus ataques do território afegão, o que as partes negam.
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