Esta medida administrativa da Guarda Costeira italiana tem “duração indeterminada”, uma vez que a inspeção a que o navio foi submetido expôs “alguns problemas técnicos e administrativos”, segundo um comunicado da organização recebido nesta quinta-feira (13) pela AFP.
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Questionada pela AFP sobre os motivos da medida, a Guarda Costeira italiana não respondeu.
Um destes problemas “requer uma investigação mais aprofundada, que envolve vários atores da certificação e do armador” do navio, disse a SOS Méditerranée.
Para a ONG, as autoridades italianas têm “uma interpretação restritiva da convenção SOLAS, um acordo internacional que estabelece os critérios mínimos de segurança para a construção, os equipamentos e a operação dos navios”.
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Francesco Creazzo, da ONG, relatou que o problema apontado pela Guarda Costeira italiana se refere ao número de botes salva-vidas presentes no navio.
Uma inspeção anterior do “Ocean Viking” em 2020 havia exigido 14 botes salva-vidas, um número calculado com base no número de pessoas resgatadas, e não no tamanho da tripulação.
Creazzo destacou que o navio passou por sete inspeções nos últimos três anos.
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Desde que chegou ao poder em 2022, o governo de extrema direita de Giorgia Meloni, que conta em suas fileiras com o líder da Liga (anti-imigrante), Matteo Salvini, como vice-primeiro-ministro, multiplicou as medidas para impedir as atividades das ONGs de assistência aos migrantes.
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