Caso a denúncia do Ministério Público seja aceita pela justiça, a vice-presidente Cristina Kirchner – atual vice – pode perder seus direitos políticos.
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Kirchner tem imunidade política para os cargos atuais de vice-presidente e presidente do Senado, mas responde a acusações – ao lado de outras doze pessoas – de ter orientado a atribuição de licitações de obras públicas na província de Santa Cruz (sul), seu berço político, para favorecer o empresário Lázaro Báez.
Entenda o caso
O procurador Sérgio Mola abriu a nona e última audiência de acusação com uma revisão dos detalhes do caso, no qual mais de uma centena de testemunhas prestaram depoimento.
“Houve irregularidades sistemáticas em 51 licitações ao longo de doze anos. O quadro probatório demonstra conclusivamente as manobras ilícitas. Não é credível que Cristina Fernández (Kirchner) não tenha descoberto nada na solidão de seu escritório”, disse o procurador em seu argumento final.
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O caso também abrange o período do governo anterior, de 2003 a 2007, quando o marido de Cristina, Néstor Kirchner, falecido em 2010, era presidente.
O outro lado
O governo da Argentina condenou o posicionamento do MP chamando-o de “perseguição judicial e midiática” contra a vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner.
“Nenhum dos atos atribuídos à ex-presidente foi comprovado e todas as acusações contra ela referem-se apenas ao papel que exerceu durante esse período, o que degrada lamentavelmente os princípios mais elementares do direito penal moderno”, acrescentou o comunicado oficial.
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Fonte: AFP