A rede social LinkedIn, centrada em negócios e empregos, anunciou nesta terça-feira (10) que fechará seu último aplicativo ainda disponível na China, depois que a Microsoft, proprietária da plataforma, destacou uma "concorrência feroz" e um "clima macroeconômico desafiador"
O grupo de tecnologia era uma das poucas empresas americanas que conseguiu estabelecer uma rede social na China, apesar da censura e da regulamentação local rígida.
A Microsoft disponibilizou na China uma versão específica de sua rede profissional, cumprindo as regras draconianas por meio de uma empresa conjunta local.
Em 2021, a empresa tornou o app do LinkedIn inacessível na China continental e mencionou um “ambiente operacional significativamente desafiador e mais requisitos de conformidade de regulamentação.
A Microsoft então o substituiu por uma versão simplificada chamada InCareer, que permitia que os profissionais locais continuassem procurando e apresentando candidaturas a postos de trabalho, além de permanecerem conectados a sua rede.
“Após uma análise cuidadosa, tomamos a decisão de descontinuar o InCareer a partir de 9 de agosto de 2023”, anunciou o LinkedIn em um comunicado divulgado nesta terça-feira.
“Apesar do nosso progresso inicial, o InCareer enfrentou uma concorrência feroz e um clima macroeconômico desafiador, o que nos levou à decisão de descontinuar o serviço na China”, acrescenta a nota.
Um e-mail do CEO Ryan Roslansky informa que sair da China significará um corte de 716 postos de trabalho.
A rede americana registrou um crescimento rápido na China, mas o LinkedIn se viu cada vez mais encurralado nos últimos anos, após o lançamento de vários aplicativos locais inovadores.
A maioria das empresas multinacionais americanas de internet, como Facebook, Twitter, Instagram ou YouTube, são bloqueadas na China, devido à rígida legislação local e às diretrizes nem sempre claras.
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