A instituição é tradicional e frequentada por alunos de classe média alta. O intuito do grupo era convocar os alunos para uma manifestação contra o resultado das urnas eletrônicas.
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O estudante Antônio Biebie, de 15 anos, foi adicionado no grupo e viu comentários agressivos como: “quero que estes nordestinos morram de sede”, “quero sua mãe aquela negrinha”, “sou pró-reescravização do Nordeste” , “quero ver pobre se f*der ainda mais agora” e “ai ai como pobre é burro”.
Figurinhas com suástica e outras referências ao nazismo também estavam presentes na troca de mensagens dos estudantes.
Os alunos criadores do grupo organizaram, na segunda-feira (31), um ato contra o resultado das eleições dentro da escola, durante o intervalo das aulas.
Na terça-feira (1), Antonio promoveu uma manifestação contra o racismo, e pediu que a escola tomasse providências mais sérias.
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A mãe de Antonio registrou as ameaças que o filho recebeu nas redes sociais.
O Colégio Visconde de Porto Seguro afirmou que repudia atos de racismo, mas não deixou claro quais providências irão ser tomadas.
“O Colégio Porto Seguro repudia qualquer ação e ou comentários racistas contra quaisquer pessoas. Os atos de injúria racial não são justificados em nenhum contexto. Considerando que a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária pressupõe o respeito à diversidade e as liberdades, o Colégio não admite nenhum tipo de hostilização, perseguição, preconceito e discriminação. Vale lembrar que em todos os campi são realizadas palestras, orientações educacionais e projetos sobre a diversidade de opinião, de raça e gênero para alunos e comunidade escolar.”
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Segundo a Polícia Civil, o ”caso foi registrado como injúria racial na Delegacia de Polícia de Infância e Juventude (DIJU) de Campinas. A mãe da vítima compareceu na delegacia durante a manhã de segunda-feira (31) e contou que seu filho sofreu ataques racistas, em um grupo do Whatsapp, formado por seus colegas de escola. Após as medidas de polícia judiciária, o caso foi encaminhado para a delegacia de Valinhos, onde segue sendo investigado. Detalhes serão preservados em função do sigilo nas investigações e por envolver menor de idade.
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