Mais de 100 mil migrantes atravessaram Canal da Mancha desde 2018

Mais de 100.000 pessoas cruzaram o Canal da Mancha ilegalmente, desde 2018, a bordo de pequenos barcos, de acordo com cálculos da AFP baseados em dados oficiais disponibilizados pelo Reino Unido nesta sexta-feira (11).

O número subiu para 100.715 depois de quinta-feira, quando foi detectado um recorde de 755 migrantes na travessia para a costa inglesa.

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A contagem de travessias via lanchas – procedentes, sobretudo, da França – começou em 2018, após o fechamento do porto de Calais e do terminal do Eurotúnel. Isso dificultou, ou impossibilitou, a travessia de migrantes de caminhão, o que levou os traficantes de pessoas a optarem pela rota marítima.

O Canal da Mancha é, com frequência, palco de naufrágios dessas pequenas embarcações lotadas de dezenas de migrantes, que pagam uma fortuna pela viagem.

Em novembro de 2021, 27 pessoas morreram na travessia. Em dezembro passado, houve pelo menos outras quatro mortes.

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O Ministério britânico do Interior informou, nesta quinta-feira, que 17 migrantes foram resgatados, após caírem no mar.

O número de migrantes que conseguiram chegar a terras britânicas chegou a 45 mil em 2022, um recorde. Desde o início deste ano, o índice de pessoas que concluíram a travessia atingiu 15.826.

O primeiro-ministro britânico, o conservador Rishi Sunak, prometeu “parar os barcos”.

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Um primeiro grupo de migrantes que solicitaram asilo foi instalado na segunda-feira a bordo do “Bibby Stockholm”, uma enorme barca ancorada no sudoeste da Inglaterra e modificada para acomodar 222 cabines e receber até 500 migrantes – um polêmico projeto do governo para lidar com a imigração.

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