Os dados são de levantamento feito pelo Programa de Monitoramento das Praias da Bacia de Santos, no período de 30 de setembro a 15 de outubro. Como a espécie se aproxima da costa para reprodução a partir da primavera, há o temor de que o número de mortes este ano supere o dos últimos dois anos. Em 2021, morreram 235 e no ano anterior, 173.
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Segundo a coordenadora do Instituto Gremar de resgate de animais marinhos, Andrea Maranho, desde que o monitoramento teve início, em 2016, o número de mortes aumentou 20%. As mortes causadas por redes de pesca passaram de 17% para 45% nesse período.
A toninha é apelidada de “golfinho invisível” por ser um animal raro e muito tímido – ela não salta para fora da água como outros golfinhos. Como a primavera é o período de reprodução da espécie, a presença delas é comum nesta época em águas rasas do Litoral, próximas da costa. Elas se alimentam de peixes, como sardinha, pescadinha e manjuba, que também atraem os pescadores. Como a toninha possui um focinho longo, ela acaba ficando presa às redes de pesca.
A toninha é uma das menores espécies de golfinhos do mundo, encontrada apenas na América do Sul, e está criticamente em perigo, segundo a lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção. No Brasil, a espécie é encontrada desde Itaúnas, no norte do Espírito Santo, até o extremo sul do litoral gaúcho.
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(Com Estadão Conteúdo)