Manifestações na estreia dos jogos da Copa do Mundo

Nesta segunda-feira (21) a segunda partida da Copa do Mundo do Catar foi marcada por manifestações de jogadores: a seleção do Irã se recusou a cantar o hino do país antes da partida contra a Inglaterra. A atitude foi interpretada como um recado ao regime iraniano que vem tentando sufocar uma série de manifestações populares que ocorrem no país. Já os ingleses se ajoelharam no campo para protestar contra o racismo. O capitão do time usou uma braçadeira preta escrito “não à discriminação”.

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Gabriela Gonçalves

Os 11 jogadores titulares da seleção iraniana ficaram em silêncio durante o hino do país, antes da partida que ocorreu no Khalifa International Stadium.

O Irã vive, há mais de dois meses, uma onda de protestos desencadeados pela morte da jovem Mahsa Amini, que estava sob custódia da polícia moral.

Protesto na arquibancada

Iranianos também protestaram nas arquibancadas contra o governo autoritário do país.

Segundo o New York Times, “torcedores iranianos carregando a bandeira da Pérsia foram impedidos de entrar no jogo da Copa do Mundo de seu país contra a Inglaterra, a menos que entregassem as bandeiras, que são vistas como um símbolo de protesto contra o governo teocrático do Irã”. Alguns conseguiram fazer a manifestação silenciosa, erguendo placas de protesto.

Relembre o caso Mahsa Amini

Mahsa Amini tinha aos 22 anos e foi presa pela “polícia moral” iraniana por usar de forma incorreta o hijab – véu que cobre os cabelos. Algo aconteceu na cadeia, já que a jovem teve de ser hospitalizada e morreu no dia 16 de setembro.

Contra o racismo e a homofobia

Os jogadores da Inglaterra se ajoelharam no campo, antes da partida com o Irã, para lembrar o assassinato de George Floyd, sufocado por um policial nos Estados Unidos, em maio de 2020, em um ato de protesto contra o racismo.

Proibido pela Fifa de utilizara braçadeira ‘One Love’ – contra à criminalização da homoafetividade no Catar – capitão inglês  Harry Kane decidiu usar outra faixa, escrito “não à discriminação”.

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Gabriela Gonçalves

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