Atualmente, na cidade de São Paulo há 3.759 crianças e adolescentes de 12 a 17 anos usando ruas para dormir, trabalhar irregularmente ou são atendidas por Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) e em Centros de Acolhida Especial para Famílias. Os dados fazem parte do Censo de maio deste ano da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, divulgado no último sábado (30). O último estudo sobre este grupo em São Paulo havia sido realizado pela última pela vez há 15 anos, em 2007.
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Considera-se em situação de rua não só a criança que dorme, mas também a que passa “uma ou duas horas vendendo balas na rua e volta para alguma moradia”, explicou Carloz Bezzerra, secretário municipal de Assistência Social. (Folha de S.Paulo)🚥
Características do grupo
Segundo o levantamento, em relação à raça, 43% das crianças e adolescentes nas ruas se autodeclaram pardos, 28,6% pretos, 0,9% indígena. A maior parte do grupo é do sexo masculino (59,2%) e 2% não souberam ou quiseram informar.
O levantamento também concluiu que, das quase 4 mil crianças e adolescentes que estão em situação de rua em São Paulo:
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- 73,1% (2.749) utiliza a rua como forma de sobrevivência – trabalham de forma irregular ou pedem esmolas
- 14,8% (465) são acompanhadas por um adulto nas ruas
- 16.2% são atendidos por serviços institucionais de acolhimento
- 10,7% (410) pernoitam nas ruas
- 7,5% (235) estão em atividades ilícitas
- 62% das crianças e adolescentes que não estão acolhidas têm atividades de trabalho irregular
Uma mesma criança pode viver sob mais de uma condição de vulnerabilidade. Em 2007, quando houve a última edição desta pesquisa, 1.842 crianças e adolescentes viviam nas ruas, número que representa 49% do total de hoje.
Curto Curadoria
(Foto do topo: Pixabay)
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