A Meta, empresa matriz das redes sociais Facebook e Instagram, anunciou nesta terça-feira (27) que derrubou o que parece ser a maior rede de desinformação da Rússia sobre a guerra na Ucrânia, assim como uma outra rede menor da China para influenciar as próximas eleições americanas.
Em coletiva de imprensa, a Meta confirmou ter bloqueado 1.633 contas, 703 páginas e um grupo no Facebook, assim como 29 contas no Instagram, ligadas a uma imensa redes de fake news.
De acordo com David Agranovich, funcionário da Meta, as investigações começaram em maio e verificou 60 sites falsos imitando meios de comunicação conhecidos, como os jornais alemães Der Spiegel e Bild, o inglês The Guardian e a agência italiana ANSA.
A rede russa de fake news criou artigos com críticas à Ucrânia e apoio à Rússia, e os compartilhou no Youtube, Facebook, Instagram, Telegram, Twitter e em plataformas de petição online em países como Alemanha, França, Itália, Ucrânia e no Reino Unido.
“Essa é provavelmente a maior e mais complexa operação de origem russa que interrompemos desde o início da guerra na Ucrânia”, com “uma combinação verdadeiramente incomum de sofisticação e força bruta”, explica Agranovich.
A rede operada na China e detectada pela Meta era muito menor, mas tentou várias operações, duas delas direcionadas aos americanos.
Na primeira, contas falsas se passavam por conservadores e discutiam temas como armas ou aborto, ou até criticavam Joe Biden. As mensagens estavam principalmente em inglês, mas também eram encontradas em chinês ou francês.
Em outra operação, quem se denominava progressista criticava as posições do Partido Republicano também sobre armas ou aborto, ou atacava pessoalmente as políticas republicanas.
Essa é a primeira vez que uma operação de desinformação tem como alvo tanto os democratas como os republicanos, ao levantar temas controversos antes das eleições legislativas do dia 8 de novembro, destacou a Meta.
No total, nesta segunda rede, a Meta bloqueou 81 contas, oito páginas e um grupo no Facebook, assim como duas contas no Instagram.
A empresa disse não ter provas suficientes para incriminar grupos específicos na Rússia ou na China.
Fonte: AFP
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