A situação “é perigosa”, disse Kelsey Worth, de 35 anos, uma dos quase 20 mil habitantes de Yellowkife e milhares de outras pequenas cidades que receberam ordens das autoridades para evacuar os Territórios do Noroeste.
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Worth descreveu à AFP como tem sido “muito difícil” para ela e outros evacuados encontrar informações verificadas sobre os incêndios, que assolam o território semi-ártico e outras partes do Canadá.
Em 1º de agosto, a Meta começou a bloquear a distribuição de links de notícias em suas plataformas Facebook e Instagram em resposta a uma recente lei canadense que exige que os gigantes da tecnologia paguem aos veículos de comunicação pelo conteúdo noticioso.
Com base em uma legislação semelhante da Austrália, a lei aprovada em junho, mas que deverá entrar em vigor no próximo ano, destina-se a apoiar uma imprensa em dificuldades no Canadá.
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A Meta afirma que essa norma está errada e insiste que os veículos compartilhem conteúdos em suas plataformas para atrair leitores, o que beneficia apenas a empresa.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, criticou a Meta esta semana, dizendo que é “inconcebível que uma empresa como o Facebook escolha colocar os lucros corporativos” à frente da segurança.
Quase 80% de todas as receitas publicitárias na Internet no Canadá vão para a Meta e para o Google, que expressou as suas próprias reservas sobre a lei.
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“Vida ou morte”
Vários dos grandes jornais do Canadá, como o Globe and Mail e o Toronto Star, lançaram campanhas para tentar levar os leitores diretamente aos seus sites, uma opção menos acessível para veículos menores.
“Peço que considerem tomar as ações humanitárias necessárias e que levantem imediatamente a proibição de notícias e informações canadenses vitais para as comunidades que enfrentam esta emergência de incêndio florestal”, escreveu em uma carta esta semana a presidente da emissora pública CBC, Catherine Tait.
Com mais de 1.000 focos de incêndio em todo o Canadá, “a necessidade de informações confiáveis e atualizadas pode literalmente fazer a diferença entre a vida e a morte”, afirmou.
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A Meta, que não respondeu aos pedidos de comentários da AFP, rejeitou a sugestão da CBC. Em vez disso, incentivou os canadenses a usar o recurso “Verificação de segurança” do Facebook para que seus contatos saibam se estão seguros ou não.
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