migrantes no mar
Créditos da imagem: Wikicommons

Na América ou Europa: migrantes em risco na busca por refúgio

Na Europa, nova crise de refugiados se intensifica em meio a tensões diplomáticas e políticas. Entre Estados Unidos e México, um antigo problema que custa vidas. Até o final de 2021, 89,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixar suas casas devido a guerras, violência, medo de perseguição e violações de direitos humanos, segundo as Nações Unidas. O número é mais que o dobro de cidadãos que permaneceram deslocados pela 2ª Guerra Mundial até a última década.

Sem-teto em Paris

Neste domingo (4), entre 300 e 400 imigrantes sem-teto ocuparam um prédio vazio em Gentilly, cidade ao sul de Paris, e dezenas deles se refugiaram no telhado para evitar serem expulsos. Entre os migrantes estão africanos do Sudão, Chade e Costa do Marfim, e também afegãos com suas famílias.

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O prédio de 8.000 m2 seria demolido no sábado (3), segundo a United Migrants, associação que os apoia. As forças de segurança francesas pediram que as pessoas abandonassem o local, e o grupo recusou. A prefeitura alega que a ocupação “é ilegal” e que o edifício “não é adaptado para acomodar pessoas”. A United Migrants disse que um de seus líderes foi preso.

EUA-México

Na última quinta-feira (1), ao menos 9 imigrantes morreram afogados e 37 foram resgatados da água depois de tentarem cruzar o Rio Grande do México para os Estados Unidos. O ocorrido foi reportado por autoridades na sexta-feira (02). (BBC)

53 migrantes foram detidos do lado americano do rio e 39 do lado mexicano. O grupo partiu de um local do Sul do Texas, estado que é usado frequentemente para se tentar entrar em solo americano. Segundo a Alfândega dos EUA, os afogamentos em massa parecem ser o piores dos últimos tempos no Rio Grande.

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Em junho, mais de 50 pessoas morreram sufocadas após serem deixadas em um caminhão em San Antonio, Texas.

Segundo autoridades dos EUA, quase 50.000 imigrantes foram presos na mesma região em 2021, e ainda estão sendo feitas bucas por “outras vítimas em potencial”. Leia mais aqui. (UOL)

Canal da Mancha

Neste sábado (3), quase 1.000 pessoas cruzaram o Canal da Mancha, entre a Europa Continental ao Reino Unido, em menos de um dia. Os imigrantes concluíram a perigosa travessia em 20 embarcações, segundo comunicou o Ministério da Defesa britânico neste domingo (4). 

Mais de 26 mil passagens como esta ocorreram desde o começo do ano. Na última sexta-feira (2), também tinham chegado ao Reino Unido por esse trecho do oceano Atlântico 221 pessoas. O Ministério da Defesa Britânico informou, no dia 23 que 1.300 migrantes tentaram atravessar o canal em menos de 24 horas. (Euronews)

O volume representa um recorde que não era observado desde 2018, quando outras vias de acesso – como o Eurotúnel – passaram a ter mais bloqueios.

Até então, 2021 foi o ano em houve o maior número de pessoas atravessando o canal (28.000) em direção ao solo britânico. Até o final de 2022, o total de migrantes pode chegar a 60.000, estima um recente relatório do parlamento britânico. (@profantoniogeografia)

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Isso, apesar das repetidas promessas do governo conservador britânico que, após o Brexit, considera esta questão prioritária e fornece milhões de libras à França para ajudá-la a reforçar a vigilância das suas costas, além de endurecer as medidas de acolhimento de migrantes.

(Com AFP)

Curto curadoria:

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