Com lenços, bandeiras, bastões de comando e instrumentos musicais, os indígenas se reuniram na Praça de Bolívar, após uma caminhada por algumas das principais ruas da capital.
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Segundo a prefeitura de Bogotá, pelo menos 23 mil pessoas, algumas vindas de diferentes regiões da Colômbia, protestam de forma pacífica no coração político do país.
Em comunicado, a Presidência colombiana convidou os eleitores de Petro, no poder desde agosto de 2022, a marcharem “pela paz, pela vida, pela justiça social após os mais recentes atos de violência”, referindo-se a ataques de grupos guerrilheiros no sudoeste do país.
O governo é criticado por suas tentativas precipitadas de selar a paz com os dissidentes de guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que não aceitaram o acordo histórico de 2016, e os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN).
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Na semana passada, o braço mais poderoso dos dissidentes, o Estado-Maior Central, detonou dois carros-bomba contra delegacias de polícia no sudoeste do país, deixando dois civis mortos e alguns feridos.
Em meio às negociações de paz com os rebeldes, o governo mantém uma ofensiva militar contra os seus cultivos de drogas em Cauca e matou cerca de 20 combatentes em poucas semanas, segundo informações oficiais.
Os opositores e a imprensa denunciam a destinação de verbas estatais a um concerto e à logística dos protestos desta quarta-feira. Também acusam o candidato de esquerda a prefeito de Bogotá nas eleições locais de 29 de outubro, o ex-senador Gustavo Bolívar, de tirar proveito das manifestações.
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O ministro do Interior, Luis Fernando Velasco, reconheceu que o governo forneceu “algum apoio” aos manifestantes em transportes e outras despesas, “de acordo com o previsto” na lei, segundo um comunicado da Presidência.
Desde que foi empossado, Petro tem recorrido à mobilização social para promover suas políticas. Entre o fim do ano passado e o começo de 2023, ele convocou várias marchas para pressionar a aprovação de seus projetos de lei no Congresso, que passou de ser de maioria governista a opositor.
Apesar de sua promessa de transformar profundamente um dos países mais desiguais da América, o presidente não tem conseguido aprovar reformas no sistema de saúde, de pensões e de trabalho.
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