Se você é fã da sétima arte e gosta das produções nacionais, Tiradentes é perfeita pra você! E este ano, a mostra terá o reencontro físico, ideal para se discutir também o cenário atual do cinema nacional e apontar os caminhos.
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Na lista dos filmes que serão exibidos, há joias da produção nacional, como o curta “Uma mulher Pensando”, feito por mulheres indígenas da etnia Yanomami.
Retomada e reconstrução
A curadoria do evento aponta que o setor ficou fragilizado pelas questões políticas e também pela pandemia nos últimos anos e agora será preciso um “esforço coletivo para erigir bases novas e reforçar as estruturas resistentes”.
Por isso, o tema “Cinema Mutirão” orienta a programação da mostra: os curadores querem fazer desta edição um espaço de convocação coletiva pela reconstrução das estruturas institucionais e das políticas de fomento e incentivo à cultura, sem deixar de lado, claro, as tradicionais discussões sobre os filmes e as práticas profissionais.
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São muitos os desafios para superar:
- A redução de público nas salas de cinema;
- A competição com streamings cada vez mais fortes;
- Os cortes de financiamento para pesquisas.
“Por um lado, uma crise econômica; por outro, um projeto político federal de tentativa de desmobilização, neutralização e corte de políticas públicas. Entre uma coisa e outra, a pandemia. Esse cenário que se efetivou catastrófico não impediu a permanência de uma resiliência que buscou alternativas à sua sobrevivência, que procurou não abrir mão das suas conquistas anteriores, ainda que insuficientes ou ameaçadas”, diz o texto assinado pelos curadores Francis Vogner, Camila Vieira e Lila Foster.
O que vai rolar?
Serão exibidos 34 filmes, entre pré-estreias e mostras temáticas. Os títulos vêm de 19 estados e a programação está disponível no portal do evento.
Quem passar por lá também pode participar de oficinas, apresentações artísticas, shows e lançamento de livros. As atividades se encerram no dia 28 de janeiro.
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História da mostra
Organizado pela Universo Produção desde 1998, a Mostra de Tiradentes está na 26ª edição.
Foi criada com o chamado “cinema de retomada”, expressão usada para se referir ao reaquecimento da produção nacional, ocorrido na segunda metade da década de 1990.
Como é o primeiro evento do calendário anual do audiovisual brasileiro, as discussões em Tiradentes acabam influenciando outros festivais ao longo do ano.
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O evento se firmou como espaço de apoio à produção independente: a Mostra Aurora, ponto alto da programação, apresenta trabalhos inéditos de diretores que tenham até três longas-metragens no currículo, e virou uma vitrine para toda a mostra.
(Com Agência Brasil)
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