Aproximadamente 3.800 pessoas morreram em 2022 nas rotas migratórias do norte da África e do Oriente Médio - o maior número desde 2017, anunciou, nesta terça-feira (13), a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
“Um total de 3.789 mortes foram registradas em 2022, 11% a mais que no ano anterior”, informou a OIM em um comunicado, no qual mencionou o recorde anterior: 4.255 mortes em 2017.
A região MENA (Oriente Médio, Norte da África) foi responsável por “mais da metade das mortes globais de migrantes” no ano passado.
“Este número alarmante deve ser resolvido imediatamente e os esforços devem ser concentrados para fortalecer a proteção dos migrantes”, disse o diretor regional da OIM, Othman Belbeisi, citado no comunicado.
Belbeisi pediu “mais cooperação internacional e regional, bem como recursos para enfrentar esta crise humanitária e prevenir outras perdas humanas”.
Nas rotas migratórias terrestres do Norte de África, “especificamente a travessia perigosa do deserto do Saara” e no Oriente Médio, a OIM registou 1.028 mortos e destacou que o número real de óbitos seria maior.
No caso da migração por terra, o número mais alto foi registrado “no Iêmen, onde a violência contra os migrantes aumentou”, segundo a OIM. Pelo menos 795 pessoas, a maioria etíopes, morreram tentando cruzar do Iêmen para a Arábia Saudita.
Segundo o site da OIM, 2.406 migrantes morreram ou desapareceram só no Mediterrâneo em 2022 (+16,7% em um ano).
Desde o início de 2023, foram registradas 1.166 mortes ou desaparecimentos.
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