Jimmy Donaldson, mais conhecido como MrBeast, decidiu aproveitar a fama como influenciador digital para lançar sua empresa “MrBeast Burger”, um negócio focado no preparo de lanches para delivery. No entanto, a ambiciosa aventura rapidamente deu errado.
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Aos 25 anos, com mais de 170 milhões de seguidores, o youtuber acaba de processar seus sócios após receber críticas negativas pela qualidade dos hambúrgueres.
“Este é o pior hambúrguer que já comi. Foi como engolir colheres de alho em pó”, disse um crítico em Nova York.
O relato é uma das críticas incluídas no processo apresentado em julho em um tribunal de Nova York.
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Em retaliação, a empresa que prestou serviços para o empreendimento, a Virtual Dining Concepts, acaba de entrar com uma ação por danos e juros contra MrBeast, no valor de US$ 100 milhões (cerca de R$ 489 milhões na cotação atual).
O influenciador, entretanto, tem outros truques na manga, como a empresa Feastables, que vende biscoitos e barras de cereais com chocolate.
A indústria alimentícia, que movimenta bilhões de dólares ao redor do mundo, é uma tentadora mina de ouro para estas estrelas das redes sociais.
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Carlos Ríos, um nutricionista espanhol com 1,6 milhão de seguidores no Instagram, rapidamente criou sua própria marca de alimentos como uma alternativa aos produtos ultraprocessados. Assim como o lutador e youtuber Logan Paul, que possui sua empresa de energéticos.
Até mesmo o pintor espanhol Salvador Dalí fez do marketing uma de suas grandes fontes de renda, além do ator George Clooney, que tem sua própria marca de tequila.
“Muitos youtubers criam uma comunidade de fãs leais graças ao seu relacionamento aparentemente próximo com o público”, explica Vince Miller, da Universidade de Kent, no Reino Unido.
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Mas os problemas judiciais de MrBeast são “um sinal para muitos outros influenciadores. Toda a carreira de alguém como MrBeast se baseia em sua reputação”, explica Jess Flack, fundadora da agência especializada em marketing Ubiquitous.
Ele “não é um ator ou um cantor que pode retornar à sua carreira” caso seu negócio fracasse, diz Flack. Uma crítica negativa é devastadora para quem só vende sua imagem ou suas opiniões.
De acordo com a Forbes, o jovem ganhou US$ 54 milhões (R$ 264 milhões) em 2021. Seus lucros são reinvestidos em vídeos que surpreendem pela produção cuidadosa, como o mais recente “Sete dias à deriva”, em que o youtuber e vários amigos são filmados como náufragos no mar. O primeiro episódio teve 46 milhões de visualizações.
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