Já foi dado início o processo de transição de governo de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta quinta-feira (3) o vice-presidente eleito, Geraldo Alkmin, esteve reunido com representantes do atual governo para dar o pontapé inicial na passagem de bastão. Questionado por jornalistas sobre os protestos antidemocráticos e golpistas , Alckmin foi taxativo: "nossa tarefa é unir o Brasil e trabalhar em uma agenda de propostas para melhorar a vida da população".
“A transição já começou e vamos fazer da melhor maneira possível, pautada no interesse público”, afirmou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que também lidera a equipe que vai conduzir os trabalhos de passagem de governo nos próximos dois meses.
Após um encontro com o atual chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o general Augusto Heleno, Alckmin informou que teve uma conversa proveitosa e que a transição já começou.
Segundo o vice-presidente, na próxima segunda-feira, após uma reunião com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), serão divulgados os nomes da equipe de transição, que pode contar com até 50 pessoas remuneradas – e deve ser formado por políticos de vários partidos, de dentro e fora da coalização para as eleições e até de voluntários – para que a equipe de transição “possa ter todas as informações” para a posse no dia primeiro de janeiro.
Alckmin disse ainda que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já conversou com presidentes de 9 partidos que vão indicar noves para participar do grupo de transição.
“O direito de ir e vir é sagrado. Não é possível impedir as pessoas de se locomover, é grave”, enfatizou Geraldo Alckmin sobre o bloqueio de rodovias por manifestantes de extrema-direita. Segundo o vice-presidente, esse tipo de atitude pode comprometer saúde, prejudicando distribuição de vacina, de alimentação, de combustível além de trazer prejuízos para economia.
“A pergunta é quem vai pagar esses prejuízos quem vai ser responsabilizado?”, questionou.
Questionado por jornalistas sobre os protestos em frente à quartéis que pedem golpe militar, Alckmin foi taxativo: “É totalmente despropositado que não merece comentário”.
Ao responder uma pergunta se o presidente Jair Bolsonaro prevaricou ou incentivou atos golpistas, o vice-presidente foi taxativo: “O presidente Lula deixou claro no discurso pós eleição: nossa tarefa é unir o Brasil e trabalhar em uma agenda de propostas para melhorar a vida da população”.
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