O governo federal analisa o retorno do famigerado horário de verão, que foi extinto em 2019 para cumprir uma promessa da campanha de Jair Bolsonaro em 2018. Contudo, o cenário de crise energética e pedidos de empresários estão pesando na decisão.
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Diante das pressões – econômicas e de especialistas – o Ministério de Minas e Energia fez uma consulta ao Operador Nacional do Sistema Elétrico sobre o tema. Durante o ano de 2021, o Brasil passou pela sua pior crise hídrica em 90 anos, que afetou a geração de energia – majoritariamente hídrica. O governo quer saber dos técnicos se o horário de verão poderia gerar economia para os consumidores de energia, nos horários de pico.
Empresários do setor de turismo, alimentação e bebida tentam o retorno do horário de verão desde o início do ano. Agora, junta-se aos argumentos o deslocamento da demanda máxima (que passou a ocorrer no meio da tarde) fruto da crescente participação da geração solar distribuída, segundo informou o próprio governo.
O tema veio à tona nas redes sociais durante o debates dos presidenciáveis, no último domingo (28).
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Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que avaliar medidas energéticas faz parte das atribuições da pasta e que, por isso, realiza “constantemente a avaliação técnica das melhores medidas disponíveis, de acordo com o contexto energético vigente, a fim de manter a segurança energética e a modicidade tarifária ao consumidor brasileiro”.
Caso seja aprovado, a retomada do horário de verão pode acontecer ainda este ano, segundo fontes do ministério para a CNN.
Não é a primeira vez que essa discussão acontece. No ano passado, alguns segmentos empresariais solicitaram ao governo o retorno do horário de verão.
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