No último dia 24 de junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos (EUA) reverteu garantias constitucionais que davam às americanas o direito de interromper a gravidez. (BBC) Hoje, o procedimento é proibido em diversos estados conservadores do país. “Essa decisão é muito infeliz”, disse Faith Dikeledi Pansy Tlakula, especialista do CERD e originária da África do Sul.
PUBLICIDADE
Faith pediu para autoridades americanas, tanto federais como de cada estado, que trabalhem para garantir o acesso ao aborto seguro para “minorias raciais, mulheres indígenas e de baixa renda”.
Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial (CERD)
O comitê, formado por 18 especialistas independentes que avaliam o cenário da discriminação racial em cada país, concluiu que o futuro estadunidense terá um “impacto profundo e díspar”, sobretudo em relação à “saúde sexual e reprodutiva e os direitos humanos de minorias raciais e étnicas”.
Reparação histórica
Também no relatório, o comitê informa estar “preocupado com o fato de que o legado obstinado do colonialismo e da escravidão continuem a alimentar o racismo e a discriminação racial [nos Estados Unidos] e prejudicar o pleno gozo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais”.
PUBLICIDADE
Os especialistas pediram que o Congresso e presidente norte-americano, Joe Biden, criem uma “comissão para estudar e desenvolver propostas de reparações para afro-americanos”.
Segundo vários membros da comissão disseram à imprensa, as autoridades americanas manifestaram a sua vontade de fazê-lo, mas sem informar um calendário.
Com AFP
Curto Curadoria
- Quase um terço das mulheres asiáticas de baixa renda agora vivem em estados com acesso limitado ao aborto (NBC News)
- 400 autores exigem que streamings protejam funcionárias da política antiaborto nos EUA
- Proibição ao aborto se amplia pelos Estados Unidos (UOL)
- Entenda o que é o aborto legal e como ele é feito no Brasil (G1)
- Desinformação sobre aborto aumenta em comunidades latinas (Axios)*