A missão é transpor o equivalente a mais de um milhão de barris da embarcação FSO Safer para o superpetroleiro Nautica, recém-adquirido pela ONU, e começar a operação em “talvez dez dias, duas semanas”, disse o coordenador para o Iêmen, David Gressly, por videoconferência.
PUBLICIDADE
Em março, a ONU anunciou que adquiriu um enorme petroleiro para resgatar o navio ancorado em frente ao porto de Hodeida (oeste do Iêmen), para evitar um derramamento de óleo e eliminar o risco de explosão e incêndio.
A operação estará a cargo da empresa especializada SMIT Salvage, filial da holandesa Boskalis, e seu custo total é estimado em 148 milhões de dólares (R$ 749 milhões, na cotação atual).
“Hoje é um dia muito especial, pois muitos de vocês acompanharam a saga do FSO Safer e entenderão que […] realmente atingimos uma etapa decisiva”, comentou Achim Steiner, chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), resposável por este caso.
PUBLICIDADE
“Se tudo sair como planejado, até o final de junho e início de julho deveremos ser capazes de dizer que a fase crucial da transferência de barco para barco foi terminada”, acrescentou.
Construído em 1976, o FSO Safer serviu até 2015 como terminal flutuante de armazenamento e descarga e foi abandonado quando o Iêmen afundou em uma das piores crises humanitárias do mundo por conta da guerra civil.
Segundo a ONU, o Safer contém quatro vezes a quantidade de petróleo do Exxon Valdez, o navio petroleiro que provocou um dos maiores desastres ambientais na história dos Estados Unidos em 1989.
PUBLICIDADE
A ONU acrescentou que limpar um derramamento de petróleo dessa dimensão custaria 20 bilhões de dólares (R$ 101 bilhões), além das devastadoras consequências ambientais, econômicas e humanitárias.
No total, a operação de resgate custará mais de 140 milhões de dólares (R$ 708 milhões), dos quais ainda faltam US$ 14 milhões (R$ 70,8 milhões) para financiar a primeira fase e 29 milhões (R$ 146 milhões) para realizar a operação por completo, indicou a ONU.
Leia também: