“O presidente Bolsonaro intensificou os ataques ao sistema judiciário e ao sistema de votação eletrônica” – declarou Bachelet – ao citar uma reunião do chefe de Estado brasileiro com embaixadores em julho.
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“O que me parece mais preocupante é que o presidente peça a seus simpatizantes que protestem contra as instituições judiciais”, respondeu ao ser questionada sobre a situação no Brasil, durante sua entrevista coletiva de fim de mandato.
Bachelet destacou que um chefe de Estado deve respeitar os outros poderes, Judiciário e Legislativo.
“Podemos não concordar com decisões tomadas pelos outros poderes, mas é preciso respeitá-los”, insistiu.
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“Não podemos fazer coisas que possam aumentar a violência ou o ódio contra as instituições democráticas, que devem ser respeitadas e reforçadas. Não devemos tentar miná-las com discursos políticos”, afirmou – antes de explicar que dava o conselho como alta comissária e como ex-chefe de Estado.
Bachelet disse ainda que está “realmente preocupada” com as informações que circulam sobre o aumento da violência política, do racismo estrutural e a diminuição do espaço cívico no Brasil.
“Os ataques contra os parlamentares e os candidatos – em particular os de origem africana, as mulheres e as pessoas LGBTQIA+ – são preocupantes”, completou.
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(Com AFP)
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