Segundo o Sindicato dos Jornalistas da Turquia (TGS), as prisões ocorreram em Ancara, Istambul, Van, Diyarbakir, Urfa e Mardin. O motivo das prisões não foi mencionado.
PUBLICIDADE
“Deter jornalistas em operações de madrugada nestes dias em que a lei de censura entrou em vigor é um esforço para criminalizar a profissão”, disse Ulku Sahin, advogado do TGS.
Quatro dos jornalistas presos, entre eles duas mulheres, trabalham para as agências de notícias pró-curdos Mezopotamya e Jin News, segundo o sindicato. A agência Mezopotamya confirmou que sete de seus jornalistas foram detidos.
Entidades ligadas à mídia e grupos de direitos humanos chamaram a ação de ataque mal disfarçado ao que resta da liberdade de imprensa na Turquia. No final de junho, outros 16 jornalistas turcos foram presos em Diyarbakir, no sudeste da Turquia.
PUBLICIDADE
A lei que entrou em vigor este mês na Turquia prevê penas de até três anos de prisão para qualquer pessoa que seja acusada de propagar “informação falsa ou enganosa”.
Várias entidades não governamentais denunciam regularmente a degradação da liberdade de imprensa na Turquia, que ocupa o 149º lugar de 180, na classificação deste ano dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) sobre liberdade de imprensa.
Curto curadoria:
- Turquia aprova lei que criminaliza a desinformação (DW);
- A guerra que ninguém vê (Le Monde Diplomatique Brasil); e
- Tudo sobre Tayyip Erdogan (CNN Brasil)
(Com AFP)