Nesta seção, o Curto News abre espaço para as ideias dos presidenciáveis sobre um tema que está entre os mais relevantes do momento. O que pensam os candidatos à cadeira mais importante do país sobre a Caixa Econômica Federal (CEF)?
Qual o motivo para a escolha desse tema? A nova crise do governo Jair Bolsonaro após as acusações de assédio contra Pedro Guimarães, já ex-presidente do banco – agora sob comando de Daniella Marques.
Vamos ao que pensam os pré-candidatos:
Lula
Em entrevista à Rádio Educadora de Piracicaba, o ex-presidente disse: “Essa história de privatizar é coisa de incompetência. Eu não sei governar, eu não sei como fazer a economia crescer, eu vou vender o que tenho e vou ter dinheiro para gastar. Daqui a pouco eu não tenho o dinheiro e nem as empresas'”. Contrário à privatização de empresas públicas, o petista defende que haja criação de empresas de economia mista, dando como exemplos o Banco do Brasil e a Petrobras.
Sobre o recente caso de assédio, o candidato disse que não era procurador, “nem policial”. A fala veio após pressão para que comentasse a respeito das denúncias.
Simone Tebet
A presidenciável do MDB criticou o posicionamento do petista – ou a falta dele – e o acusou de machismo. “Lamentavelmente nós temos casos e não são poucos. 15%, apenas, das mulheres pedem demissão, quando quem deveria ser demitido é o agressor”, disse Tebet. A concorrente, que pediu a ‘’demissão sumária’’ de Guimarães, comunicou que pretende criar ouvidorias para funcionárias da estatal caso seja eleita.
Sobre a possibilidade de privatizar o banco, a parlamentar deixou a questão em aberto. “Aceito discutir. Não é mais uma discussão de estado mínimo ou máximo, mas é o Estado brasileiro trabalhando para deixar de ser conhecido como o país mais desigual do mundo”, disse em entrevista do R7.
Ciro Gomes
A punição imediata, além da retirada do cargo. É o que pediu Ciro Gomes (PDT), dizendo que Pedro Guimarães é “um bandido”. Desde 2018, sua última campanha ao Planalto, o cearense vem repetindo que a Caixa deve permanecer como está: pública. “Para mim, a privatização é uma ferramenta. A gente deve celebrar um projeto nacional de desenvolvimento, cujas linhas gerais eu vou oferecer ao juízo crítico do povo, que vai definir o papel do capital estrangeiro, contra quem eu nada tenho, do capital nacional e do capital estatal”.
Jair Bolsonaro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende a privatização de estatais e Bolsonaro não descarta alterar o controle da estatal. Segundo o presidente, ele ainda não foi “totalmente convertido ao Paulo Guedes, e nem ele fala em privatizar”, deixando no ar as possibilidades caso seja reeleito. Ainda no episódio mais recente de seu governo, Bolsonaro evitou se alongar sobre o tema: “Ele pediu afastamento”.
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