A menos de um mês da cúpula, o consenso ainda parece distante, e nenhum ponto foi resolvido, em uma situação que gera temores de fracasso, especialmente entre os líderes lituanos, anfitriões do encontro.
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Em Oslo, as discussões se concentram nas garantias de segurança que a Otan pode oferecer à Ucrânia até que a adesão ao bloco transatlântico se torne uma realidade.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, minimizou o fato de que nenhum entendimento foi alcançado, alegando que foi uma “reunião informal. Não houve decisões, mas tivemos trocas francas para chegar a um consenso”.
“Não sabemos quando a guerra terminará, mas devemos garantir que medidas confiáveis sejam tomadas para garantir a segurança da Ucrânia no futuro”, acrescentou.
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“Os detalhes de como isso será feito e o tipo de mecanismos ainda serão objeto de decisões”, admitiu.
O principal integrante da Otan, os Estados Unidos, opõe-se atualmente a que a aliança forneça tais garantias à Ucrânia, disse à AFP um ministro, que pediu anonimato.
Em uma coletiva de imprensa, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, evitou o assunto.
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A prioridade dos EUA agora é fortalecer as capacidades da Ucrânia “para que, quando a agressão [da Rússia] terminar, os ucranianos tenham capacidade dissuasória, se necessário, de se defender”, disse Blinken.
O responsável americano lembrou que a Otan tem 31 países-membros e que as decisões são tomadas por unanimidade.
Stoltenberg reforçou, por sua vez, que “o mais importante neste momento é o nosso compromisso de ajudar a Ucrânia a se defender e a recuperar seu território”.
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Recentemente, a Otan ofereceu estas garantias à Suécia, um país que entrou formalmente com um processo de adesão, mas enfrenta o veto de outro ator central da aliança, a Turquia.
Enquanto isso, a Ucrânia não se preocupa em esconder suas enormes expectativas.
Na Moldávia, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, aumentou a pressão nesta quinta-feira, ao afirmar que “cada dúvida que manifestamos na Europa é uma trincheira que a Rússia tentará ocupar”.
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Também hoje, o chefe da diplomacia de Luxemburgo, Jean Asselborn, observou que “a Otan fará 75 anos e nunca houve adesão de um país em meio a um conflito armado, porque isso poderia levar a recorrer ao artigo V do tratado”.
Se isso acontecer, acrescentou, estaremos enfrentando uma “guerra entre a Otan e a Rússia”.
Renovação e nível de gastos
O encontro de Oslo tem pela frente outros assuntos extremamente delicados, como o veto da Turquia à adesão da Suécia, a eventual renovação do mandato de Stoltenberg e o nível de gastos militares.
Nomeado secretário-geral da Otan em 2014, o norueguês de 64 anos já teve o mandato renovado três vezes. Seu sucessor deve ser um europeu, e vários países da UE desejam a nomeação de uma mulher.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que terá a última palavra, receberá a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, potencial candidata, no dia 5 de junho.
Enquanto isso, Stoltenberg anunciou nesta quinta que visitará a Turquia “em um futuro próximo” para discutir com o presidente Recep Tayyip Erdogan o veto do país à adesão da Suécia à Otan.
“Estou confiante em que a Suécia será um membro (da Otan), e estamos trabalhando para que isso aconteça o mais rápido possível”, disse ele nesta quinta-feira.
A difícil questão dos gastos militares é outro tema a ser discutido em Oslo. Para 2024, os aliados prometeram destinar 2% do PIB de cada país à defesa, mas, em Vilnius, a ideia é fazer que esses 2% não sejam um máximo, mas um piso mínimo.
Apenas sete países alcançaram a meta, e a Dinamarca está longe de cumprir sua parte do esforço coletivo.
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