Palestino fere pelo menos seis israelenses na Cisjordânia ocupada

Um palestino abriu fogo, nesta terça-feira (1º), contra um grupo de israelenses em um assentamento da Cisjordânia ocupada e feriu seis pessoas antes de ser "neutralizado" por um agente da polícia fronteiriça, anunciou a polícia israelense.

Publicado por
Agence France-Presse

“Um terrorista abriu fogo contra um grupo de pessoas em Maaleh Adumim”, ao leste de Jerusalém, indicou a polícia em um comunicado, que informou sobre quatro civis feridos.

O indivíduo “foi neutralizado por um agente da polícia fronteiriça que não estava em serviço”, acrescentou o corpo armado.

A polícia confirmou à AFP que o agressor foi morto.

Dois hospitais de Jerusalém indicaram posteriormente que seis pessoas estavam em suas unidades, entre eles, um adolescente e que dois estão em estado grave.

O Ministério palestino da Saúde confirmou que o agressor, Muhannad Mohammad al-Mazaraah, de 20 anos, foi morto por “balas da ocupação”.

O agente que o matou, cuja identidade não foi revelada, declarou que estava no barbeiro quando escutou tiros e gritos. Detalhou ainda que o agressor usava um colete amarelo e possuía uma pistola.

“Não estava certo de que se tratava de um terrorista”, assegurou em um vídeo divulgado pela polícia.

“Gritei para que parasse e carreguei minha pistola. Começou a atirar contra mim e entendi que se tratava de um terrorista”, explicou.

O ministro israelense de Segurança Interior, o ultradireitista Itamar Ben Gvir, agradeceu à rápida reação do agente e à política governamental de distribuição de armas.

É “uma política importante que demonstra sua eficácia”, disse após visitar o local do ataque.

O ministro, nomeado em dezembro, tem trabalhado para agilizar o processo de emissão de licenças para portar armas.

Desde o início do ano passado, a Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, vem sendo cenário para uma série de ataques, tanto por parte dos palestinos contra israelenses, como por parte dos colonos israelenses contra comunidades palestinas.

Em 2023, pelo menos 204 palestinos, 27 israelenses, uma ucraniana e um italiano morreram em atos de violência relacionados ao conflito israelense-palestino, segundo uma recontagem da AFP elaborada a partir de fontes oficiais.

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