O jesuíta argentino deixou a Policlínica Gemelli sorridente em uma cadeira de rodas às 8H45 (3H45 de Brasília).
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“Ainda vivo”, respondeu a um jornalista que perguntou como se sentia. Cercado por uma multidão, o pontífice acenou para os fiéis e agradeceu, antes de entrar em um Fiat 500 branco, com o auxílio de um grande dispositivo de segurança.
Após duas breves paradas, uma delas na basílica de Santa Maria Maggiore, o papa retornou ao Vaticano. Ele presidirá a bênção do Angelus no domingo, mas a audiência geral semanal da próxima quarta-feira foi cancelada para que tenha tempo de descanso, informou a Santa Sé.
A partir de segunda-feira (19), Francisco retomará as demais audiências e reuniões programadas.
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Com problemas no quadril, dores no joelho direito, várias operações e uma infecção respiratória recente, o papa argentino enfrenta questões recorrentes de saúde desde sua eleição em 2013.
Em 7 de junho, Jorge Bergoglio foi hospitalizado e submetido a uma operação de três horas sob anestesia geral para reabsorver dolorosas “aderências” em sua parede abdominal, consequências da cirurgia no cólon em julho de 2021.
“Melhor que antes”
Durante o período de internação, o Vaticano publicou boletins diários sobre a saúde do pontífice com o objetivo de tranquilizar os fiéis. As mensagens destacavam uma “evolução regular”, um bom quadro clínico e “exames de sangue normais”.
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“O papa está bem. Ele está melhor que antes”, afirmou o cirurgião Sergio Alfieri.
O pontífice descansou no período, mas também retomou o trabalho no 10º andar do hospital Gemelli, conhecido como “o hospital dos papas”, no mesmo quarto em que João Paulo II foi internado diversas vezes.
Na quinta-feira, o papa visitou o departamento de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil do hospital e conversou com os jovens pacientes, incluindo alguns que enviaram cartas, desenhos e mensagens com desejos de pronta recuperação ao pontífice.
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As fotos publicadas pelo Vaticano mostram Jorge Bergoglio em uma cadeira de rodas cumprimentando os pacientes e funcionários do hospital.
Agenda intensa
O pontífice, que passou por uma cirurgia em um pulmão quando tinha 21 anos, é obrigado com frequência a cancelar eventos de sua agenda por problemas de saúde.
Nos últimos meses, os boatos sobre uma possível renúncia do papa aumentaram consideravelmente.
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Esta foi a terceira hospitalização de Francisco em menos de dois anos. No final de março ele foi internado na Policlínica Gemelli após ser diagnosticado com uma infecção respiratória, quadro que exigiu três dias de tratamento com antibiótico.
“Ainda estou vivo”, também declarou quando recebeu alta na ocasião.
Ele explicou que ainda tem “sequelas” da anestesia de 2021, o que o obrigaram a adiar uma cirurgia no joelho.
Em janeiro, o papa deu a entender que ainda sofre de problemas causados por divertículos, hérnias ou pequenas bolsas que se formam nas paredes do aparelho digestivo.
Apesar de todos os problemas médicos, Francisco mantém uma agenda intensa e um ritmo de atividade acelerado. Ele chega a participar em 10 reuniões em apenas uma manhã.
O estado de saúde frágil não o impede de viajar e sua agenda tem vários deslocamentos planejados: em agosto ele visitará Portugal para as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em Lisboa, onde a programação inclui quase 20 eventos e 11 discursos.
Em setembro ele tem uma viagem programada para a Mongólia e uma grande missa em Marselha, sul da França.