A França estará “pronta e segura” para receber os Jogos, afirmou o presidente do país, Emmanuel Macron, durante uma visita à Nova Caledônia nesta quarta-feira, embora tenha reconhecido que o evento “é um desafio organizacional” em matéria de alojamento, transporte e segurança.
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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, que está em Paris com os organizadores, se disse “muito confiante” no sucesso do evento, para o qual foram enviados os convites para participar a 203 países, quando falta exatamente um ano para a abertura.
Como estava previsto, o COI não convidou, por enquanto, Rússia e Belarus, cuja participação ainda não foi decidida devido à guerra na Ucrânia.
Durante sua visita à capital francesa, Bach esteve com o presidente da LVMH, Bernard Arnault, no Grand Palais Ephémère para assistir à oficialização da marca de artigos de luxo como patrocinadora ‘premium’ dos Jogos Olímpicos de 2024.
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A parceria vai render um aporte de 150 milhões de euros (R$ 787 milhões na cotação atual), segundo uma fonte próxima às negociações, que permite aos organizadores atingir o orçamento previsto a um ano do evento e afastar as dúvidas depois de uma espera de vários meses.
“Ainda faltariam algumas dezenas de milhões de euros para alcançar o orçamento estipulado, mas claramente é algo muito bom, embora já tenhamos muita confiança”, declarou um dos diretores do Comitê Organizador (COJO) na última segunda-feira.
A imagem de Thomas Bach radiante ao lado de Tony Estanguet (presidente do COJO) e Bernard Arnault, com a Torre Eiffel ao fundo, foi uma mensagem forte para este último ano de preparativos.
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“Estamos dentro dos prazos”
“Não tenho grandes preocupações. Estou muito satisfeito com como o projeto continua avançando”, disse Stanguet à AFP. “Sim, todos os dias há questões a solucionar, mas por isso os Jogos não são em 2023, e sim em 2024”, explicou.
Algumas pesquisas apontam uma leve queda do apoio da população à realização dos Jogos Olímpicos, mas os organizadores consideram que tudo está se desenvolvendo de maneira positiva.
As obras das sedes, seja a vila olímpica ou as instalações de competição, avançam sem atrasos. “Estamos dentro dos prazos”, disse orgulhoso o chefe do Solideo (órgão público responsável pelas infraestruturas olímpicas), Nicolas Ferrand.
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O presidente do COI visitou na terça-feira as obras da vila olímpica, onde já não há andaimes, e elogiou os avanços realizados. “Os atletas serão muito felizes aqui”, afirmou Bach.
Embora o orçamento esteja praticamente coberto, os organizadores sabem que terão que se manter atentos até o final pelos riscos de estouro de custos.
Em relação aos transportes, certamente um dos grandes desafios dos Jogos Olímpicos, “as coisas avançam em uma boa direção”.
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O ex-primeiro-ministro da França Jean Castex, agora presidente do órgão de transportes da região parisiense (RATP), também mostrou confiança e acredita que a cidade estará “pronta” para os Jogos, apesar das inúmeras falhas constatadas na malha ferroviária local há meses.
Ameaça judicial
A questão da segurança também é uma das grandes preocupações. O principal desafio será a cerimônia de abertura, que pela primeira vez na história será realizada fora de um estádio, no rio Sena, com quase 500 mil pessoas no local.
“Claramente, isso nunca foi feito. Garantir a segurança em quase seis quilômetros de percurso, com tantas pessoas, é um verdadeiro desafio”, resume um funcionário do COJO que pediu anonimato.
A oficialização da participação do exército para compensar o previsível déficit no contingente da segurança privada “deve acontecer nas próximas semanas”, afirma uma fonte da polícia.
Sobre os organizadores também pesa a ameaça de ações e intervenções judiciais durante o próximo ano. No final de junho, duas investigações da Promotoria Nacional Financeira (PNF) levaram a buscas nas sedes do COJO e do Solideo.
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