O e-mail enviado ao COI no final de julho solicita a exclusão do Irã por não respeitar a Carta Olímpica, que afirma que “a prática do esporte é um direito humano” e que não deve haver “qualquer tipo de discriminação devido a raça, cor, sexo, orientação sexual, língua, religião, opiniões políticas ou outras, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou qualquer outra situação”, explicou em comunicado o advogado Frédéric Thiriez, que formulou o pedido no a um ano da realização dos Jogos Olímpicos de Paris.
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O advogado acrescentou que está “trabalhando para recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS)”.
O e-mail ao COI, do qual a AFP tem cópia, destaca um paralelo com a exclusão da África do Sul em 1970. Thiriez disse que o COI respondeu “fiquem seguros de que estamos acompanhando com atenção a situação no Irã”.
O grupo quer pelo menos a proibição de atletas iranianos nos próximos Jogos em modalidades proibidas para mulheres: luta livre, boxe, natação, vôlei, ginástica.
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Ex-lutadora e membro da federação deste esporte, Shirin Shirzad, refugiada na Holanda, disse em videoconferência: “sonhamos em praticar nosso esporte normalmente”, explicou.
No Irã, as mulheres treinam “em apartamentos ou porões”, disse o ex-boxeador francês de origem iraniana Mahyar Monshipour, ao lado da ex-secretária de Estado francês no governo de François Fillon, a jurista Jeannette Bougrab.
No final de agosto, duas associações apresentaram uma denúncia em Paris contra Ghafoor Kargari, presidente iraniano do Comitê Paralímpico Nacional para 2024, então em visita à França, acusando-o de tortura e de suspeitas de crimes contra a humanidade.
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Há apenas um ano, a morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini, após sua detenção pela polícia por não respeitar o rígido código islâmico de vestimenta para mulheres, resultou em meses de manifestações, que foram fortemente reprimidas.
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