“A consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional (…), torna necessário realizar ajustes de preços”, justificou a empresa em um comunicado.
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A partir desta quarta-feira, a gasolina vai custar 0,41 real a mais por litro (+16,27%), chegando a R$ 2,93 reais, detalhou a nota.
Enquanto isso, o diesel vai ficar 0,78 real mais caro (+25,83%), custando 3,80 reais o litro.
A Petrobras destacou, contudo, que o preço de venda no atacado diminuiu R$ 0,15 por litro em um ano no caso da gasolina e R$ 0,69 no do diesel.
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A petroleira destacou que “busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar”.
Teoricamente, este era o objetivo da mudança da política de preços, anunciada há três meses: evitar altas pronunciadas para os consumidores quando a cotação do petróleo subir nos mercados, como aconteceu durante os últimos anos do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).
O mecanismo, implementado desde 2016, consistia em manter a paridade de preços do petróleo e dos combustíveis derivados com o mercado internacional e a evolução do dólar.
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Contrário a esta prática, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu, desde a campanha presidencial, em 2022, “abrasileirar” os preços da companhia que, segundo ele, buscava satisfazer os acionistas em detrimento do povo brasileiro.
Desde que chegou ao poder, em janeiro, e após a nomeação de Jean Paul Prates, ex-senador do PT, para presidir a Petrobras, a companhia reduziu os preços em várias ocasiões.
Mas especialistas fizeram soar o alarme, ao advertir para uma defasagem no mercado doméstico, que poderia levar ao desabastecimento de diesel, essencial para o agronegócio e a logística.
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No começo deste mês, a Petrobras reportou uma queda de 47% em seu lucro líquido no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2022, a R$ 28,782 bilhões.
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