A descoberta ocorreu na terça-feira no fundo de uma ravina de cerca de 40 metros no município de Zapopan, um subúrbio da cidade de Guadalajara, e na quinta-feira os funcionários do governo concluíram os trabalhos de recuperação dos corpos.
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“Em um cruzamento de informações preliminares (os restos mortais) coincidiram com as características físicas de alguns dos jovens que estão sendo procurados”, afirma um comunicado divulgado pelo Ministério Público estadual.
A nota acrescenta, no entanto, que apenas os resultados do Instituto Estatal de Ciências Forenses confirmarão o número de corpos e a suas identidades.
A informação foi repassada aos parentes dos desaparecidos, seis homens e duas mulheres, todos com idade por volta de 30 anos.
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Os jovens foram vistos pela última vez entre 22 e 29 de maio, de acordo com várias denúncias. O grupo trabalhava em um ‘call center’ (centro de atendimento telefônico).
As autoridades identificaram inicialmente sete desaparecidos, mas na quinta-feira o MP revelou que um oitavo funcionário do ‘call center’ também está desaparecido.
O local onde os desaparecidos trabalhavam fica na mesma área onde os restos humanos foram encontrados.
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Atividades ilegais
De acordo com as primeiras investigações, o ‘call center’ estaria envolvido em atividades ilegais. Essa suposição foi rejeitada pelos familiares dos jovens, que acusaram as autoridades de criminalizar as vítimas.
A imprensa local informou que as autoridades encontraram maconha e panos com aparentes manchas de sangue, além de documentos sobre a suposta venda fraudulenta de planos de férias.
Jalisco é o estado mexicano que registra o maior número de pessoas desaparecidas, com mais de 15.000, de acordo com números do governo federal divulgados no fim de 2022.
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Nos últimos anos, em diferentes áreas de Jalisco, foram encontrados restos humanos em sacos ou em covas clandestinas.
Em 2021, no município de Tonalá, em Jalisco, foram encontradas cerca de 70 sacos contendo restos humanos de 11 pessoas.
O México registra mais de 340.000 homicídios e cerca de 100.000 desaparecidos, a maioria atribuída a organizações criminosas, desde o início de uma controversa ofensiva militar antidrogas promovida pelo governo em dezembro de 2006.
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