Os dois presos na operação “Quebra Ossos” são os irmãos Roberto e Renato Rodrigues de Lima, suspeitos de atuar em uma ampla rede criminosa envolvendo o Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios do Maranhão, como revelou reportagem da Piauí.
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De acordo com a investigação, o esquema funcionava assim: as prefeituras registravam atendimentos médicos que nunca existiram, mas recebiam o dinheiro vindo das emendas parlamentares do orçamento secreto. Uma cidade, por exemplo, com 12 mil habitantes, recebeu dinheiro para 12 mil radiografias de dedo. Isso significa que todos os moradores da cidade passariam por exames.
O mais grave nesse esquema é que os tratamentos de saúde – consultas, exames, internações – não estão ocorrendo como deveriam, mesmo com tanto dinheiro sendo enviado, um indício de desvio de verba pública e corrupção. Por isso, a PF tem cumprido mandados de busca e apreensão desde a manhã desta sexta-feira no Maranhão e também no Piaui.
Os mandados de busca e prisão foram aprovados pela Justiça, que também determinou o bloqueio de R$ 57 milhões em bens dos investigados. Os nomes dos outros investigados não foram divulgados. Contando com apreensões em outros município, até R$ 78 milhões foram bloqueados, de acordo com reportagem do G1.
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Além das prisões e apreensões, a operação determinou o afastamento de servidores dos cargos públicos e a suspensão do direito dos empresários e empresas investigadas de participarem de licitações e de contratarem com órgãos públicos, como informa reportagem do Terra.
Ao todo, a Polícia Federal – em ação com a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal – cumpriram 16 mandados nos municípios de Igarapé Grande (MA), Lago do Junco (MA), Lago dos Rodrigues (MA), Caxias (MA), Timon (MA), Parnaíba (PI) e Teresina (PI).
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