Poliomielite: com baixa vacinação, Brasil é um dos 6 países com maior risco de retorno da doença

Esta segunda-feira, dia 24 de outubro, marca 38 anos da implementação do Dia Internacional do Combate à Poliomielite. Erradicada em 1994 no Brasil e uma das doenças infantis mais temidas, a pólio voltou a representar uma ameaça, de acordo com autoridades de saúde. Desde 2021, o país não atinge a meta de 95% de cobertura vacinal contra a doença e atualmente o Brasil é um dos 6 em que é considerado alto risco para seu aparecimento. Veja as principais informações destacadas pelas campanhas de conscientização sobre o tema:

De acordo com órgãos de Saúde Pública e o Ministério da Saúde, o aumento do índice de vacinação é a única saída para evitar que a poliomielite ressurja no Brasil. A vacina também é, hoje, o único método de prevenção contra a doença. De acordo com dados da pasta, a queda progressiva na cobertura vacinal contra a poliomielite ocorre há alguns anos. O público-alvo da imunização contra a doença é formado por crianças entre um a quatro anos.

Fonte: Revista Piauí

Cobertura vacinal caiu 23% em 10 anos

Em 2010, 99% do grupo alvo havia sido vacinado. Cinco anos depois, em 2015, 98,5%.

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A partir de 2017, a meta de cobertura vacinal de 95% não foi mais atingida: caiu para 76% em 2020 e para 69,99% em 2021.

Dia Mundial do Combate à Poliomielite

Imunização no Brasil

Neste ano, o Ministério da Saúde realizou a Campanha Nacional de Vacinação. O objetivo, dentre outros, é reatingir a meta de imunização contra a pólio de 95% do público-alvo: 14,3 milhões de crianças menos de 5 anos.

Em muitas localidades, porém, os trabalhos da campanha passaram longe de atingir a meta. Em Belo Horizonte (MG), por exemplo, apenas 1% das crianças com doses atrasadas contra a pólio compareceram aos mutirões realizados entre 12 e 15 de outubro.

O que é poliomielite?

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma infecção viral que pode causar graves danos ao sistema nervoso central, deixando sequelas motoras (principalmente aos membros inferiores) que não têm cura, como:

  • paralisia
  • atrofia
  • fraqueza musculares
  • dores nas articulações
  • crescimento diferente de um dos membros
  • síndorme pós pólio (com sintomas que aparecem tempos após contato com o vírus: dor muscular, nas articulações, cansaço, câimbras, fraqueza.)

A doença é contagiosa e causada pelo poliovírus. Este vírus vive no intestino, e pode infectar crianças e adultos por meio de contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca de pessoas infectadas. (BBC)

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Crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 na Tijuca, zona norte do Rio, para receber a dose contra a pólio e contra o sarampo. Tomaz Silva/Agência Brasi

Esquema de Vacinação

  • 1ª dose (injeção): aos 2 meses;
  • 2ª dose (injeção): aos 4 meses;
  • 3ª dose (injeção): aos 6 meses;
  • 1ª dose de reforço (gotinha): aos 15 meses;
  • 2ª dose de reforço (gotinha): aos 4 anos.
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