Créditos da imagem: Wikimedia Commons

Por que a ex-presidente de Mianmar e Nobel da Paz foi condenada por corrupção?

A junta militar que está no poder em Mianmar desde o ano passado condenou nesta segunda-feira (15) a ex-presidente e ganhadora do Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, a mais seis anos de prisão. Ela foi considerada culpada em quatro casos de corrupção.

O que aconteceu?

Aos 77 anos, Suu Kyi foi considerada culpada por usar indevidamente recursos da Fundação Daw Khin Kyi – o sobrenome não é coincidência, ela mesmo criou a instituição para promover saúde e educação no país.

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De acordo com agências internacionais, os Estados Unidos chamaram a decisão de uma “afronta à Justiça”.

Promotores acusaram Suu Kyi de ter provocado um prejuízo de mais de R$ 58,6 milhões ao alugar o terreno da instituição de caridade por um preço inferior ao oficial. Além disso, ela foi condenada por usar doações para construir sua casa na capital e receber propinas de um empresário. No entanto, organismos internacionais contestam as provas que o regime militar usou para condená-la.

E antes disso?

Em julho, o regime militar afirmou ter executado quatro ativistas pró-democracia condenados por ajudar forças de resistência – a tramitação desses julgamentos foi bastante questionada.

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Segundo uma associação de presos do país, essas foram as primeiras execução judiciais desde a década 1980. Não foi detalhado quando e como os homens morreram.

Desde que foi detida, em 1º de fevereiro de 2021, após o golpe militar, a ex-governante de Mianmar permanece presa em um local secreto de Naipyidaw, a capital do país. O golpe militar encerrou uma década de período democrático no país.

Com informações da Agence France-Presse/AFP

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