Por que a Procuradoria Geral da República quer investigar o Google e o Telegram?

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu nesta quinta (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar diretores do Google e Telegram no Brasil. O motivo? As big techs são suspeitas de fazer campanha de desinformação em relação ao PL das Fake News (2630).

Publicado por

Marcela Guimarães

11 de maio de 2023 13:37

A PGR quer investigar os mais recentes posicionamentos do Google e do Telegram no Brasil em relação ao projeto de lei que tramita no Congresso para regular as grande empresas de tecnologia em relação aos conteúdos que elas disponibilizam em suas plataformas.

Parlamentares, o governo federal e favoráveis ao projeto denunciaram a intensa campanha das big techs contra o projeto.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acionou a PGR com uma notícia-crime, afirmando que as empresas estão realizando “contundente e abusiva” ação contra a aprovação do PL das Fake News. Relembre ⤵️:

Telegram envia mensagem para usuários dizendo que PL das Fake News “ameaça a liberdade de expressão no Brasil”

Após o Google indexar um texto contrário ao PL das Fake News em sua home, agora é a vez do mensageiro Telegram emitir mensagem contra a PL 2630/2020. O envio foi feito a todos os usuários do aplicativo no Brasil na tarde desta terça (9).

Artistas, influenciadores, jornalistas repudiam campanha do Google e redes sociais contra PL das Fake News

O navegador do Google no Brasil manteve, desde domingo (1°) até o início da tarde desta segunda (2), uma intensa campanha contra o Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/20) logo abaixo da aba de buscas. Após três anos de tramitação no Congresso Nacional, a votação do PL está prevista para esta terça. Para conter a campanha de desinformação que as Big Techs como Google, Twitter, Facebook e Youtube estão realizando, artistas, influenciadores e jornalistas denunciam nas próprias redes sociais atos de censura e mentira sobre o texto.

As empresas foram repreendidas pela Justiça brasileira e tiveram que retirar os conteúdos do ar.

De acordo com o site Congresso em Foco, o pedido de abertura de inquérito ao STF, assinado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, fala em suspeita de crimes contra as instituições democráticas, contra a ordem consumerista e contra a economia e as relações de consumo.

Procuradas, as empresas ainda não se posicionaram sobre o assunto.