Posse de Lula terá mobilização de ‘100%’ da polícia em Brasília

Brasília mobilizará toda a sua força policial para a posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro, informaram as autoridades nesta terça-feira (27), em meio a preocupações com os distúrbios e a tentativa de ataque com explosivo por bolsonaristas.

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Brenda Barros

27 de dezembro de 2022 16:52

No domingo (1º), “haverá mobilização integral, 100% das forças policiais do DF, tanto da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, para garantir a segurança, não só do presidente da República, mas das delegações estrangeiras e das pessoas que participarão do evento”, declarou Flávio Dino, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública.

“Não há nenhuma alteração [no roteiro da posse]”, garantiu Dino, em resposta à possibilidade de Lula desfilar na Esplanada dos Ministérios em carro fechado, ao invés do tradicional passeio no Rolls-Royce presidencial.

Muitos apoiadores de Lula expressaram, nas redes sociais, medo de tumultos ou ataques durante a posse, especialmente depois que um apoiador do presidente Jair Bolsonaro foi preso e acusado de terrorismo, no sábado (24), por plantar um explosivo em um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília.

Bolsonarista que montou explosivo em Brasília foi autuado por terrorismo e não agiu sozinho

O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi autuado em flagrante por terrorismo, após confessar ter montado um artefato explosivo que foi instalado em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, no último sábado (24). A Polícia Civil apura quem são os outros participantes do crime, e diz que já identificou pelo menos um deles.

O homem, identificado como George Washington de Oliveira Sousa, disse aos investigadores que o objetivo do ataque era “iniciar o caos” e “impedir o estabelecimento do comunismo no Brasil”.

Desde a derrota de Bolsonaro em outubro, seus apoiadores bloquearam estradas e fizeram manifestações em frente a quartéis militares para pedir às Forças Armadas que impeçam a posse de Lula.

PF prende um policial militar e outros 3 por atos antidemocráticos em Rondônia

A Polícia Federal prendeu neste sábado (17) um policial militar da reserva e mais três suspeitos de “associação criminosa” para organizar atos golpistas em Rondônia. Investigados tiveram suspensos os direitos de porte e posse de armas.

No dia 12 de dezembro, manifestantes de um desses acampamentos entraram em confronto com a polícia e incendiaram ônibus e carros em Brasília.

Ataque de bolsonaristas em Brasília vira destaque na mídia internacional

Na noite de ontem (12), um grupo de bolsonaristas tentou invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, além de queimar carros e ônibus pela capital federal. Os atos de vandalismo começaram após a prisão de um líder indígena que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL). Veículos de mídia do mundo todo deram destaque aos atos de bolsonaristas que estão acontecendo desde a derrota do atual presidente nas urnas.

“Não são pequenos grupos terroristas, não serão pequenos grupos extremistas que vão emparedar as instituições da democracia brasileira. Não há espaço para isso no Brasil”, comentou Dino nesta terça (27).

Bolsonaro, que limitou suas aparições públicas desde sua derrota eleitoral, não se pronunciou publicamente sobre os acontecimentos, nem confirmou se vai transferir a faixa presidencial para Lula no domingo (1º).

Soldiers of the Brazilian Army prepare for the inauguration ceremony of Brazilian President-elect Luiz Inacio Lula da Silva at the Planalto Palace in Brasilia, on December 27, 2022. – Brazilian President-elect Luiz Inacio Lula da Silva’s inauguration on January 1, 2023, will be secured by “100 percent” of the capital district’s police force, an official said Tuesday amid widespread fears of violence. (Photo by EVARISTO SA / AFP)

(com AFP)

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Violência extremista no Brasil: como retomar a construção da democracia?

A semana que passou foi marcada pela tentativa de repressão por parte das forças policiais e da Justiça de atos de violência praticados por grupos de extrema-direita, em rodovias e acampamentos espalhados pelo país. Os ataques de seguidores de Jair Bolsonaro – mais agressivos e até armados – tem um objetivo claro: conturbar o processo de transição de governo. Conversamos com o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Pedro Moisés, para entender a escalada dessa violência e o que ela significa para este momento do Brasil.

O que é extremismo?

Você sabe o que significa o termo extremismo? Segundo o dicionário Michaelis, extremismo é a “corrente de pensamento que impele à adoção de medidas extremas para resolver os problemas sociais; radicalismo”. Ou seja, é praticado por pessoas ou grupos fincados em seu ponto de vista e suas raízes de maneira radical. Será que existe alguma forma de controlar esse “pensamento”? O Curto News mergulhou nesse assunto. Vem com a gente!

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Brenda Barros