“Policiais militares realizavam a segurança do local quando o indiciado (…) se posicionou na frente da torcida brasileira e simulou ser um macaco”, informou a Polícia Militar de São Paulo em um comunicado.
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Avellino, de 43 anos, nega as acusações. Ele foi detido ao final do jogo de ida do mata-mata da Sul-Americana, que o Corinthians venceu por 1 a 0 na Neo Química Arena.
O Universitario qualificou a detenção de “arbitrária” e lamentou o fato de o preparador físico ter sido tratado como “criminoso” por conta de uma acusação “distorcida e subjetiva”, que “as autoridades brasileiras deram como certas, sem direito de resposta”.
“Durante todo o jogo, um grupo de torcedores do time local insultou e cuspiu em nossos jogadores e comissão técnica. Essas mesmas pessoas que cometeram impropérios, no final do jogo acusaram o preparador físico de atos discriminatórios”, acrescentou o clube peruano em nota.
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O técnico do Universitario, o também uruguaio Jorge Fossati, afirmou que Avellino respondeu às provocações dos corintianos abrindo os braços e tocando no peito, “como se dissesse ‘por que nós?'”.
“Quem o conhece sabe o ser humano e profissional que ele é. As câmeras do estádio não mostraram nada”, afirmou Fossati ao programa de rádio uruguaio “100% Deporte”.
Segundo a PM, Avellino foi levado a uma delegacia e prestou depoimento.
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O caso foi registrado como “preconceito de raça/cor” e o preparador físico pode ser condenado a até cinco anos de prisão.
Um advogado e representantes do clube peruano e do consulado do Peru em São Paulo estão oferecendo assistência a Avellino.
Na próxima terça-feira, o Corinthians vai a Lima enfrentar o Universitario no jogo de volta do mata-mata. Quem se classificar vai enfrentar o Newell’s Old Boys da Argentina nas oitavas de final da Sul-Americana.
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