A Bolívia está comovida com as revelações da imprensa envolvendo o falecido padre espanhol Alfonso Pedrajas, que confessou em um jornal privado que abusou de mais de 80 menores na Bolívia, onde chegou no início dos anos 1970.
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“Peço que a Justiça boliviana tenha acesso a todos os arquivos, processos e informações sobre essas denúncias e atos de abuso sexual cometidos por padres e religiosos católicos em território boliviano”, diz a carta enviada pelo presidente.
O caso, apurado pelo jornal espanhol El País, deu origem a pelo menos oito denúncias apresentadas ao Ministério Público boliviano contra padres da Companhia de Jesus, envolvendo Pedrajas e os demais clérigos espanhóis Luis María Roma, Alejandro Mestre e Antonio Gausset, todos falecidos.
O presidente Arce afirmou na nota que “o Estado boliviano se reserva o direito de admitir a entrada em território nacional de novos padres e religiosos estrangeiros que tenham esse histórico de abuso sexual contra menores”.
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A medida vigorará até a conclusão da negociação dos acordos e convenções bilaterais entre a Bolívia e o Vaticano.
A Conferência Episcopal Boliviana confirmou, por sua vez, a visita do padre espanhol Jordi Bertomeu para abordar o tema dos abusos sexuais no país. Bartomeu é um dos principais funcionários do Departamento de Doutrina da Fé do Vaticano.
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