Presidente do Chile diz que América Latina deve reagir em caso de golpe no Brasil

A relação entre Gabriel Boric, presidente do Chile, e seu colega Jair Bolsonaro está mais abalada do que nunca. Em entrevista à revista Time, o mandatário chileno disse que a América Latina deve reagir em caso de tentativa de golpe contra a democracia no Brasil depois das eleições.

Durante a entrevista publicada nesta quarta-feira (31), Boric elogiou os manifestos em defesa do sistema eleitoral, como os realizados pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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“Foi muito esperançoso ver a carta de São Paulo, que tem um milhão de assinaturas a favor da democracia, com a transversalidade dos signatários de vários setores da sociedade e da política. Foi um sinal poderoso da sociedade civil brasileira. Se houver uma tentativa como aconteceu, por exemplo, com a Bolívia em 2022, em que se acusou de fraude que não foi, e um golpe de estado foi validado, a América Latina tem que reagir em conjunto para colaborar na prevenção”, disse.

Bolsonaro acusa Boric de “queimar o metrô”

Achou estranho essa declaração feita assim “do nada”? Calma, que o assunto é desdobramento de uma treta que começou na segunda-feira (29).

Na data, o Chile convocou o embaixador brasileiro em Santiago para consultas em protesto às declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro dirigidas a Gabriel Boric, a quem acusou de “queimar o metrô” nos protestos de 2019.

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Bolsonaro se pronunciou sobre reunião do governo chileno com o embaixador do Brasil em Santiago. “Se exagerei ou não, não deixei de falar a verdade”, afirmou.

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