“Boas notícias do ministro (da Defesa, Rustem) Umerov: “Os Abrams já se encontram na Ucrânia e estão sendo preparados para reforçar nossas brigadas”, revelou Zelensky em um comunicado nas redes sociais, sem apontar quantos blindados chegaram. Também disse estar “agradecido aos aliados pelas promessas cumpridas”.
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A entrega desses tanques foi anunciada na semana passada pelo presidente americano, Joe Biden, em ocasião de uma visita de Zelensky à Casa Branca em busca de mais apoio em plena contraofensiva ucraniana para libertar os territórios ocupados pela Rússia.
“Na próxima semana, os primeiros tanques Abrams americanos serão entregues à Ucrânia”, indicou Biden na semana passada. Os Estados Unidos haviam prometido à Ucrânia 31 tanques Abrams no total, equipados com munições de urânio empobrecido de 120 mm.
Tais munições podem perfurar os blindados, mas são consideradas controversas pelos riscos tóxicos para os militares e sua população.
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Esses primeiros blindados foram fornecidos a Kiev com “meses de adiantamento” em relação ao previsto, afirmou o jornal americano The New York Times nesta segunda.
Dois mortos em Odessa
Aproveitando a chegada de armas ocidentais, a Ucrânia iniciou no começo de junho uma grande contraofensiva no sul e no leste para repelir as forças russas, que lançaram sua invasão ao país em fevereiro de 2022.
A operação tem avançado lentamente e só permitiu a recuperação de poucas localidades, mas, nas últimas semanas, parece ter ganhado fôlego.
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As forças ucranianas afirmam que conseguiram alcançar as primeiras linhas russas da frente sul e recuperar terreno no leste.
Ainda nesta segunda, as autoridades do país anunciaram a morte de dois civis em um ataque “de grande escala” russo contra Odessa, às margens do mar Negro, três dias depois de a Ucrânia ter bombardeado a sede da frota russa nesse mesmo mar, situada em Sebastapol, na Crimeia, uma península anexada por Moscou desde 2014.
Duas pessoas foram encontradas mortas em um armazém de cereais em Odessa, segundo um balanço anunciado no Telegram pelo governador regional, Oleg Kiper, que, em um primeiro momento, havia relatado apenas uma civil ferida.
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No ataque foram utilizados drones de combate e mísseis Oryx e Kalibr, segundo a Ucrânia, que afirma que a maioria foi derrubada.
O ministério da Defesa russo, por sua vez, indicou que foi efetuado um “bombardeio” de grande escala contra centros nos quais estavam alojados “mercenários estrangeiros” e outros utilizados para a formação de “grupos de sabotagem”.
Também no sul, duas pessoas de aproximadamente 70 anos morreram pela manhã em um ataque aéreo russo em Beryslav, na região de Kherson, anunciou o governador Oleksander Prokudin.
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Um comandante russo morto, segundo Kiev
As forças especiais ucranianas também afirmaram nesta segunda que mataram o comandante da frota russa do mar Negro, em um bombardeio efetuado na sexta-feira contra seu quartel-general em Sebastapol.
“Trinta e quatro oficiais, entre eles o comandante da frota russa do mar Negro, morreram” como consequência do ataque, afirmaram as forças especiais no Telegram.
A AFP não conseguiu verificar tais informações. A Rússia raramente informa sobre suas baixas na Ucrânia, inclusive quando se trata do alto escalão militar.
Na sexta-feira, a Rússia indicou que apenas um militar estava desaparecido após o ataque que danificou consideravelmente a sede de sua frota no mar Negro.
Esse ataque demonstra as dificuldades da defesa antiaérea russa para frear os bombardeios regulares nessa península ucraniana, que é um importante centro logístico para as tropas de Moscou.
O ministério russo da Defesa também indicou, nesta segunda no Telegram, que quatro drones foram destruídos enquanto sobrevoavam a Crimeia e o noroeste do mar Negro.
Também foram derrubados dois drones na região de Kursk (sul), segundo a mesma fonte.
Na região vizinha de Briansk, o governador Alexander Bogomaz relatou três drones ucranianos derrubados, dois deles no distrito de Surazh (oeste), sem mencionar vítimas nem demais danos.
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