Procuradoria dá 3 dias para Ministério da Mulher detalhar crimes citados por Damares Alves

Em mais um capítulo da polêmica fala da ex-ministra Damares Alves sobre esquema de violência sexual na Ilha do Marajó (PA), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do estado solicitou, nesta terça-feira (11), que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos explique, em detalhes, todos as supostas denúncias recebidas pela pasta, envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis. Advogados do Grupo Prerrogativas pediram ao Supremo um procedimento investigativo, e a deputada federal eleita pelo PSOL Erika Hilton acionou a Procuradoria-Geral da República para atuar no caso.

Publicado por
Marcela Guimarães

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) quer que o Ministério da Mulher explique as denúncia estarrecedoras feitas pela senadora eleita Damares Alves (Republicanos – DF) de que existe uma quadrilha de exploração sexual de bebês , crianças e adolescentes atuante no país, cujas provas teriam sido recebidas pela pasta. A procuradoria quer que sejam relatados os casos dos últimos sete anos (2016-2022), em trâmite ou não.

O MPF também pede que o ministério informe quais providências tomou ao descobrir os casos e se houve representação (denúncia) ao Ministério Público ou à Polícia.

 “Essa manifestação da ex-ministra do MMFDH foi recebida com preocupação e perplexidade, em especial porque pode se tratar de informações sigilosas às quais se teve conhecimento em razão do cargo público então ocupado”, afirmou, no ofício, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena.

Entenda o caso:

Falas precisam ser explicadas

As supostas denúncias de Damares Alves feitas num templo religioso, sem qualquer prova, ação governamental ou encaminhamento para investigação, provocaram ação do Grupo Prerrogativas, formado por advogados e operadores do campo progressista, que solicitou providências ao Supremo Tribunal Federal.

Os advogados pediram à ministra Rosa Weber que envie ofício ao ministério, instaure procedimento cabível e determine medidas investigatórias para apuração das condutas de Damares Alves e outros integrantes do governo.

Como tais denúncias não foram encaminhadas a Polícia Federal, ao Ministério Público ou sequer a polícias locais (no caso do Marajó) tanto a ex-ministra como outros servidores podem ter cometido crime de “prevaricação” (quando o servidor se omite diante de um crime).

Deputada eleita aciona PGR

A deputada federal eleita pelo PSOL Erika Hilton acionou a Procuradoria-Geral da República pedindo investigação criminal sobre as falas de Damares Alves. (UOL)

Este post foi modificado pela última vez em %s = human-readable time difference 16:06

Marcela Guimarães

Posts recentes

Google se associa à Apptronik para desenvolver robôs humanoides

O Google DeepMind acaba de anunciar uma parceria estratégica com a Apptronik, uma empresa de…

20 de dezembro de 2024

Genesis: Um novo patamar para simulações físicas em IA

Uma equipe de pesquisadores de 20 laboratórios diferentes acaba de apresentar o Genesis, um motor…

20 de dezembro de 2024

Google lança seu próprio modelo de IA de “raciocínio”

O Google acabou de lançar o que está chamando de um novo modelo de inteligência…

19 de dezembro de 2024

GitHub Copilot agora é gratuito

A GitHub, de propriedade da Microsoft, acaba de anunciar um nível gratuito de seu Copilot…

19 de dezembro de 2024

ChatGPT ganha um novo número de telefone; veja

A OpenAI acaba de lançar uma nova maneira surpreendente de acessar o ChatGPT - através…

19 de dezembro de 2024

Google lança novo benchmark para testar a factualidade de LLMs

O Google DeepMind acaba de lançar o FACTS Grounding, um novo benchmark projetado para avaliar…

18 de dezembro de 2024