O acordo também contempla outros produtos, como óleo de palma, madeira, carne bovina e borracha, assim como vários derivados, incluindo couro, chocolate, móveis, papel e carvão vegetal, segundo o texto divulgado após longas negociações entre o Parlamento Europeu e os Estados-membros da UE.
“É a primeira vez no mundo! É o café da manhã, o chocolate que comemos, o carvão dos churrascos, o papel dos nossos livros. É radical”, comemorou Pascal Canfin, presidente da comissão de Meio Ambiente do Parlamento Europeu.
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COP15 da Biodiversidade
A decisão foi tomada na véspera da COP15, que começa nesta quarta-feira (7) e vai até o dia 19, em Montreal. O acordo da UE “não apenas muda as regras do jogo do consumo europeu, como também estimula em grande medida os outros países a mudar suas práticas”, comentou Anke Schulmeister-Oldenhove, da ONG ‘World Wide Fund for Nature’ (WWF), enquanto a organização ‘Global Witness’ disse tratar-se de um “momento histórico”.
Segundo dados de 2017, a UE é responsável por 16% do desmatamento mundial por meio de suas importações. Além disso, é a segunda maior destruidora de florestas tropicais, atrás da China, segundo a WWF.
O bloco proibirá a importação de produtos procedentes de áreas desmatadas depois de dezembro de 2020. As empresas importadoras serão responsáveis por suas cadeias de abastecimento e terão que comprovar a rastreabilidade por meio de dados de geolocalização dos cultivos, com fotos de satélites.
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(Com AFP)