A saída será oficializada na próxima assembleia geral de acionistas das duas empresas, em meados de novembro. Rupert Murdoch se tornará, então, presidente “emérito”.
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“Em nome dos conselhos de administração da FOX e da News Corp, das equipes diretoras e de todos os acionistas que se beneficiaram de seu trabalho árduo, felicito meu pai por sua notável carreira de 70 anos”, disse Lachlan Murdoch, de 52, em um comunicado, no qual saudou seu “espírito pioneiro, sua determinação inabalável” e seu “legado duradouro”, acrescentando que conta com seus “valiosos conselhos”.
Um império cada vez menor
Já presidente da Fox Corporation, Lachlan Murdoch se posicionava como o favorito para suceder ao pai, entre seus irmãos e irmãs. Ele assumirá as rédeas de um império que vem diminuindo, após a compra, por parte da Disney, em 2017, do grupo de entretenimento 21st Century Fox e de seu extenso catálogo de filmes, no valor de US$ 66 bilhões (R$ 324,7 bilhões, na cotação atual). Com isso, a Fox Corporation voltou a se concentrar nos esportes e na informação.
O dono do império Fox, cujo canal de notícias 24 horas Fox News é fundamental para os conservadores, sai em um momento-chave, à medida que se aproxima a eleição presidencial americana de 2024 e que tem Donald Trump como favorito nas primárias republicanas.
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Há cinco meses, a Fox News teve de pagar a quantia de US$ 787,5 milhões (aproximadamente R$ 3,9 bilhões, em cotação da época) ao fabricante de urnas eletrônicas Dominion Voting Systems para evitar um processo por difamação, após a eleição presidencial de 2020. No processo, um de seus principais apresentadores, Tucker Carlson, deixou o canal, que desde então perdeu audiência.
Tabloide
O chefe de jornais mais poderoso e conhecido do mundo, que começou com um simples veículo em Adelaide, sua terra natal, a Austrália, no início da década de 1950, construiu um império internacional. Seus jornais e canais de televisão tiveram influência considerável no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Criada em 1996 para competir com a CNN, a Fox News foi vista como tendo desempenhado um papel central na ascensão política de Trump, embora os meios de comunicação do grupo Murdoch (New York Post, The Wall Street Journal) nem sempre tenham perdoado o bilionário republicano.
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Ao reinventar o estilo “tabloide”, misturando notícias sensacionalistas, escândalos, esportes e sexo, Murdoch teve sucesso, mas também enfrentou uma série de polêmicas.
Entre elas, o escândalo dos métodos usados pelo tabloide britânico “News of the World”, em 2011. Funcionários invadiram os telefones de dezenas de pessoas, incluindo membros da família real, para colher informações em segredo, desafiando a lei. Devido a este escândalo, o semanário fechou as portas, após 168 anos de existência.
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