A Rússia afirmou nesta quarta-feira (20) que sabia dos esforços de inteligência dos EUA para usar operadores de satélites comerciais, como a SpaceX, e alertou que tais movimentos tornam seus satélites alvos legítimos.
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A Reuters reportou neste mês que a SpaceX está construindo uma rede de centenas de satélites espiões sob um contrato classificado com uma agência de inteligência dos EUA, demonstrando laços cada vez mais profundos entre a empresa espacial de Elon Musk e as agências de segurança nacional.
“Estamos cientes dos esforços de Washington para atrair o setor privado para servir suas ambições militares no espaço”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, a repórteres.
Tais sistemas “se tornam alvos legítimos para medidas retaliatórias, incluindo militares”, afirmou Zakharova.
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As alegações vem pouco tempo após a reeleição de Vladimir Putin como líder político na Rússia, agora se mantendo no poder até 2036 em seu quinto mandado. A reeleição consagra Putin como o presidente de período de poder mais longevo na Rússia desde Josef Stalin.
Nesta quarta-feira (20), Maria Zakharova também mencionou que a Rússia discutiria o controle de armas nucleares com os Estados Unidos apenas como parte de um debate mais amplo, comentando que Washington não conseguiria iniciar essa conversa em seus próprios termos.
“Estamos prontos para discutir questões de estabilidade estratégica apenas como parte de um complexo único”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, a repórteres, quando questionada sobre relatos da mídia de que os Estados Unidos haviam proposto conversações com a Rússia e a China.
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“Washington está se oferecendo para dialogar apenas nos termos dos EUA”, afirmou Zakharova. Ela disse que os Estados Unidos perderam o controle sobre as armas que forneceram à Ucrânia e que, por isso, era difícil para Moscou concordar com negociações sobre armas com Washington.
O conflito da Rússia com a Ucrânia e as tensões constantes entre Leste e Oeste representam uma das maiores crises de diplomacia internacional nos últimos anos frente a possibilidade de escalamento do conflito.
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